tag:blogger.com,1999:blog-34808793412410332362024-03-14T01:33:12.618-07:00ADEUS AO CAPITALO Blog Adeus ao Capital é um espaço para debates, reflexões, formação teórica e de divulgação das lutas da classe trabalhadora e dos setores oprimidos. Nosso Blog, através de reflexões sobre política, economia e cultura, é mais uma trincheira na luta dos trabalhadores contra o Capitalismo.
"Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário" (V.I Lenin)Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.comBlogger69125tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-10311388599095256372016-07-11T08:38:00.001-07:002016-07-11T08:38:54.651-07:00“OS JACOBINOS NEGROS”: 225 ANOS DA REVOLUÇÃO DOS ESCRAVOS NO HAITI<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Rafael
Borges<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnzG5Sgq6oeV-D5V43j-T2zpYIqdLYjDVEAGGRmEhI35hbLL7vwh3DwVrh617hjyNz51dGiRkc4OH7vhCD1IiAfbV6a8YyfJCx4tfTv6sEBknsXB3_Yun-YpE4cOH_bOYrBPP_6sTgq4c/s1600/toussaint.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnzG5Sgq6oeV-D5V43j-T2zpYIqdLYjDVEAGGRmEhI35hbLL7vwh3DwVrh617hjyNz51dGiRkc4OH7vhCD1IiAfbV6a8YyfJCx4tfTv6sEBknsXB3_Yun-YpE4cOH_bOYrBPP_6sTgq4c/s320/toussaint.jpg" width="272" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Introdução<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No próximo mês
lembraremos os 225 anos do início da revolta dos escravos da antiga colônia
francesa da ilha de São Domingo. Em Agosto de 1791, ainda em pleno calor da
Revolução Francesa, centenas de milhares de escravos negros que haviam sido
sequestrados de sua terra natal no continente africano se levantaram contra os
latifundiários brancos locais e o regime escravagista. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Depois de uma década de
resistência e luta contra as expedições militares espanholas, inglesas e
francesas, os negros insurretos, dirigidos por Toussaint L´ouverture e seu
estado maior, derrotaram as potências colonialistas, a escravidão e
estabeleceram o Estado independente do Haiti, produto legítimo da primeira
revolução negra vitoriosa da História. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A história do Haiti,
mais de dois séculos depois da revolução dos escravos, ainda faz a burguesia
branca suar frio e ter pesadelos diante da mínima possibilidade de um levante
vitorioso das massas exploradas e oprimidas dos antigos territórios coloniais.
A História do Haiti não apenas mostra que as revoluções das classes subalternas
são possíveis e necessárias, mas também que podem ser vitoriosas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Trata-se, então, de uma
tarefa estratégica para a burguesia e seus propagandistas racistas “criarem”
uma suposta história onde o Haiti, um Estado negro, é o país que “nasceu para
dar errado”, o lugar onde a miséria e a violência seriam “naturais”. Um “povo incapaz”
de construir sua própria nação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Em nossos dias, com
essa narrativa racista e farsesca, tenta-se criar a ideia de que a “ajuda
humanitária” (ocupações militares) por parte das antigas metrópoles
colonialistas, os Estados imperialistas da atualidade, que assassinaram os milhões
de indígenas que habitavam a ilha, que escravizaram e torturaram milhares de
negros e realizaram inúmeras investidas militares e econômicas contra o Haiti
independente seria a única alternativa ao “infeliz e desamparado” povo
haitiano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Os
jacobinos negros: redescobrindo uma história <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgLOmYRQRTwWhuQ2KGmLDTIkKrnIEew59nIxS2b1T7TFhyX7lnPZxYB9j1Cgl_CokS56ymD5IZTGEmWm1LE912ASMQsEZjBsxGb0MfiaJKN8amksq5Utv6q_YVcYWd-5ND3ecVoe4FNvg/s1600/os+jacobinos+negros+foto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgLOmYRQRTwWhuQ2KGmLDTIkKrnIEew59nIxS2b1T7TFhyX7lnPZxYB9j1Cgl_CokS56ymD5IZTGEmWm1LE912ASMQsEZjBsxGb0MfiaJKN8amksq5Utv6q_YVcYWd-5ND3ecVoe4FNvg/s400/os+jacobinos+negros+foto.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Conhecer, estudar e redescobrir uma História
de resistência negra como é a Revolução do Haiti, desconstruindo a narrativa
racista, é algo determinante para todos os que nos colocamos nas primeiras
fileiras do combate ao racismo no Brasil, nos EUA e na África. A classe
trabalhadora brasileira, essencialmente negra, deve conhecer a história de luta
dos seus irmãos de raça e classe e tirar as lições estratégicas desse processo.
Na tarefa de desbravar essa História cruzada por violência, estupros, dor, mas
também por glórias e vitórias, o livro “Os Jacobinos Negros”</span><a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;"> de
CLR James é, sem sombra de dúvidas, uma leitura obrigatória.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Coube a James,
dirigente trotskista negro, de forma apaixonante e envolvente, narrar em 323
páginas impregnadas de materialismo histórico dialético a luta dos negros
haitianos pela liberdade e independência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><i>“Essa
foi a única revolta de escravos bem sucedida da História, e as dificuldades que
tiveram de superar colocam em evidência a magnitude dos interesses envolvidos.
A transformação dos escravos, que, mesmo às centenas, tremiam diante de um
único homem branco, em um povo capaz de se organizar e derrotar as mais poderosas
nações europeias daqueles tempos é um dos grandes épicos da luta revolucionária
e uma verdadeira façanha” (p.15)</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“Os Jacobinos Negros” foi
o resultado de pelo menos seis anos de estudos, alguns meses de pesquisas em
arquivos na França e conversas com intelectuais haitianos e africanos. A
intenção de CLR James era “não apenas analisar, mas demonstrar, em seu
movimento, as forças econômicas da época; a forma como moldam, na sociedade, na
política e nos homens, tanto os indivíduos como as massas; a maneira pela qual eles
reagem ao meio, em um daqueles raros momentos em que a sociedade está em plena
ebulição e, por tanto, fluida”<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Não temos nenhuma
pretensão em expor aqui todo o conteúdo do livro. Seria uma tarefa impossível.
O objetivo dessas breves linhas, onde abusaremos de citações da obra, é tão
somente apresentar a contribuição teórica e histórica de CLR James ao público
brasileiro, tendo em vista que a primeira edição no país, pela editora
Boitempo, é ainda muito recente. O livro também é uma ótima porta de entrada
para aqueles que ainda não conhecem as demais contribuições do teórico e
revolucionário negro CLR James. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Da
África ao Navio Negreiro: histórias de dor e resistência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Io0qIhTtEkiKAto_VHfoTNqMW-EVWfFCyh_HD8wMvkxNLvE2b1rm99LYjvLF4Jr0J_i_xvXz3kfRT1qVswLf2LeRMwzcKJo0rsp7ok3fahFyLiVMulkPNmlqy2a1EPxz4hJHxgNEAzE/s1600/navio+negreiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Io0qIhTtEkiKAto_VHfoTNqMW-EVWfFCyh_HD8wMvkxNLvE2b1rm99LYjvLF4Jr0J_i_xvXz3kfRT1qVswLf2LeRMwzcKJo0rsp7ok3fahFyLiVMulkPNmlqy2a1EPxz4hJHxgNEAzE/s320/navio+negreiro.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A obra de CLR James não
poderia começar de outro modo: do relato do sequestro bárbaro de milhões de
africanos de suas terras à viagem infernal nos navios negreiros. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nem Deus ou qualquer
outra “entidade superior” os haviam capturados, violados ou escravizados, como ainda
prega o lixo ideológico dos setores conservadores que somos obrigados a ouvir
em pleno século XXI. Pelo contrário, o tráfico negreiro foi idealizado e executado
por homens brancos de “carne e osso” e se tornou indispensável ao
desenvolvimento do capitalismo comercial dos séculos XVI e XVII. No século
XVIII, a colônia das Índias Ocidentais de São Domingos, com o tráfico negreiro
em seu centro, ainda representava dois terços do comércio exterior da França.
Esse acúmulo de capital, por sua vez, foi decisivo para o desenvolvimento da
indústria:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><i>“Aproximadamente
todas as indústrias que se desenvolveram na França durante o século XVIII
tiveram sua origem em bens e mercadorias destinadas à costa da Guiné ou à
América. O Capital de comércio de escravo as fertilizava; embora a burguesia
comercializasse outros produtos além de escravos, tudo o mais dependia do
sucesso ou da falência do tráfico” (p.58)</i><span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">As inúmeras teorias
racistas, no campo da religião ou da “ciência”, eram nada mais que
justificativas ideológicas para que as potências marítimas pudessem saquear o
continente africano e raptar seus povos. O discurso de um continente de
misérias e guerras é demolido por James quando explica que “no século XVI, a
África Central era um território de paz e as suas civilizações eram felizes”.
Contra a falácia de que os europeus estariam ali para salvá-los das inúmeras
guerras entre as nações africanas, James também esclarece que “as guerras
tribais, das quais os piratas europeus afirmavam libertar as pessoas, eram
meros simulacros; uma grande batalha significa meia dúzia de homens mortos.”<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Não havia um continente a ser salvo de grandes guerras, nem de pestes ou
pobreza, mas povos a serem escravizados pela sede dos lucros das metrópoles. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Tribos e nações
africanas foram lançadas umas contra as outras. “As tribos tinham de suprir o
comércio de escravos, ou então elas mesmas seriam vendidas como escravas.” Após
a captura, os escravos “eram amarrados junto uns dos outros em colunas,
suportando pesadas pedras de 20 a 25 quilos para evitar as tentativas de fuga;
então, marchavam uma longa jornada até o mar, que, algumas vezes, ficava a
centenas de quilômetros e, esgotados e doentes caíam para não mais se erguer na
selva africana”<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nos navios negreiros,
“ao contrário das mentiras que foram espalhadas tão insistentemente sobre a
docilidade dos negros, as revoltas nos portos de embarcação e a bordo eram
constantes. Por isso, os escravos tinham de ser acorrentados: a mão direita à
perna direita, a mão esquerda à perna esquerda, e atrelados em colunas a longas
barras de ferro”. Alguns relatos colhidos por James em cartas e documentos
citam exemplos como o do capitão de um navio negreiro que durante a viagem
“matou uma parte de seus escravos para alimentar com a carne deles a outra
parte”, em outro caso, o capitão “para inspirar terror nos escravos, matou um
deles e repartiu seu coração, seu fígado e suas entranhas em trezentas partes,
obrigando os outros escravos a comê-las, ameaçando aqueles que não o fizessem
com o mesmo suplício” <a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quando eram levados ao
tombadilho do navio, uma vez por dia, “alguns aproveitavam a oportunidade para
pular ao mar gritando em triunfo enquanto se afastavam do navio e desapareciam
sob a superfície.” O suicídio transformava-se numa arma contra a escravidão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A
Resistência Negra na Colônia de São Domingo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMwV0Y_5_52jps9LLM4f5XB4_kFsIKeMhiz7quMWmgKIrjU-vU8gQI41nYjYW3cdt80cbhXNsahmPF2WaPyZNRf627SxcTnTGUrBIh5yVLj6WPw3KJq4fSS1Irim7Tk4RRrx-9bHw-06c/s1600/escravos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMwV0Y_5_52jps9LLM4f5XB4_kFsIKeMhiz7quMWmgKIrjU-vU8gQI41nYjYW3cdt80cbhXNsahmPF2WaPyZNRf627SxcTnTGUrBIh5yVLj6WPw3KJq4fSS1Irim7Tk4RRrx-9bHw-06c/s320/escravos.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Após a viagem, os
escravos eram postos nas docas para serem vendidos. Comprados pelos grandes
fazendeiros eram postos imediatamente, na sua grande maioria, em alguma etapa
da produção da cana-de-açúcar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O cotidiano do escravo
negro, como sabemos, era de pesados trabalhos e intensos castigos físicos, mas
as palavras de James tem o poder de nos levar até àquele momento histórico e
nos fazer presenciar tais cenas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><i>“Mas
não havia engenho que o medo ou uma imaginação depravada não pudesse conceber
para romper o ânimo dos escravos e satisfazer a luxúria e o ressentimento de
seus proprietários e guardiões: ferros nas mãos e nos pés; blocos de madeira,
que os escravos tinham de arrastar por onde quer que fossem; máscara de folha
de lata, projetada para evitar que eles comessem a cana-de-açúcar, e o colar de
ferro. O açoite era interrompido para esfregar um pedaço de madeira em brasa no
traseiro da vítima; sal, pimenta, cidra, carvão, aloé e cinzas quentes eram
deitadas nas feridas abertas. As mutilações eram comuns: membros, orelhas e,
algumas vezes, as partes pudendas para despojá-los dos prazeres aos quais eles
poderiam se entregar sem custo. Seus senhores derramavam cera quente em seus
braços, mãos e ombros; despejavam o caldo fervente da cana nas suas cabeças;
queimavam-nos vivos; assavam-no em fogo brando; enchiam-nos de pólvora e os
explodiam com uma mecha, enterravam-no até o pescoço e lambuzavam as suas
cabeças com açúcar para que as moscas os devorassem; amarravam-nos nas
proximidades de ninhos de formiga ou de vespas; faziam-nos comer os próprios
excrementos, beber a própria urina e lamber a saliva dos outros escravos.”<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a><span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">As mulheres negras,
além dos frequentes estupros e de toda violência psicológica, não eram menos
poupadas dos duros castigos físicos. As negras grávidas não escapavam do
chicote de “quatro postes”. Seus braços e pernas eram amarrados a quatro postes
fincados ao chão com um buraco cavado para encaixar a barriga. Assim eram
chicoteadas. O Código Negro, que vigorava na Colônia de São Domingos e
pretendia “regulamentar” a relação entre senhores e escravos, pretendia
“limitar” o número de chibatadas em cinquenta (!). Mas tal legislação jamais
foi cumprida e era comum o escravo receber chibatadas até a morte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> Mas a narrativa histórica de um escravo negro
dócil, que aceita 14 horas diárias de trabalho duro, afastado dos seus
familiares e que suporta castigos inimagináveis como os descritos a cima com total
passividade e absoluta resignação é nada mais do que uma farsa histórica. Os
negros estavam dispostos a fazer tudo o que estava ao seu alcance para sair da
condição de escravo. “O suicídio era um hábito comum, e era tal o desprezo que
tinham pela existência que, muitas vezes, os escravos tiravam a própria vida
não por motivos pessoais, mas apenas para irritar seus donos. Viver era duro e
a morte, acreditavam, significava não apenas a libertação, mas a volta à
África”<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O envenenamento era um
meio muito utilizado, pois “um escravo, privado de sua esposa por um dos seus
senhores, poderia envenená-lo, e esse era um dos motivos mais frequentes dos
envenenamentos”. Mas também, em algumas situações, os escravos envenenavam seus
próprios filhos e entes familiares de modo a impedir que passassem pelos
sofrimentos descritos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Os propagandistas da
ideia do “escravo dócil” e resignado à escravidão, que aqui no Brasil se
escondem atrás do “Mito da Democracia Racial”, frequentemente capturam da
história situações excepcionais para mostrar a validade de suas ideias. Mas a
História do Haiti, não só durante os anos do processe revolucionário, mas
também nas décadas que o precederam, é um tiro mortífero na ideologia racista.
O ódio do escravo com sua situação e com seu senhor estava expresso em cada
manifestação da vida dos negros. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas as ações isoladas,
como os envenenamentos, eram limitadas. Era preciso organização e preparação
para enfrentar os fazendeiros brancos. Não havia outro momento ou espaço para
confraternização que não a religião. Assim, “o Vodu era o meio da conspiração.
Apesar de todas as proibições, os escravos viajavam quilômetros para cantar,
dançar, praticar os seus ritos e conversar; e então, desde a Revolução, escutar
as novidades políticas e traçar os seus planos.”<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Contra o mito do
escravo dócil, CLR James explica que, mesmo com todas as tentativas dos
colonialistas a proibirem, uma canção circulou por 200 anos em todo o Haiti nas
reuniões ou cerimônias de Vodu:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><i>“Ê!Ê! Bomba! Heu! Heu!<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Canga, mouné de lé!</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><i> Canga, mouné de lé!<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><i>Canga, do Ki la!<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><i> Canga, li!</i><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn9" title=""><i>[9]</i></a></span></span><a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftn9" title=""><!--[endif]--></a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">(Juramos destruir os
brancos e tudo o que possuem; que morramos se falharmos nessa promessa) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A Revolução dos
escravos no Haiti foi precedida de inúmeras formas de resistência. Nunca houve
um dia em que um escravo não tentava fugir ou matar seu senhor ou os capatazes.
Além das ações individuais nas fazendas e das conspirações nos cultos de Vodu
também é preciso destacar que diversos quilombos foram formados ao longo do
território da ilha de São Domingo muito antes de 1791. Esses negros quilombolas,
já habituados a se organizarem política e militarmente, também vão cumprir um
papel decisivo no processo revolucionário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A revolução também foi
precedida de várias rebeliões locais que são verdadeiros ensaios dos combates
que viriam mais tarde. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZnBTPdg5tFbQOtEc4O5yBqWhRxjS1VF9L7TrdLrhBVsbK1yVrXsjg1brMGmT8w2XoPproII6YskxF9ztIMbP_volU4bCL-NTWq4qNZJTySMQAOLEdhpJ3sjX7HOrc55mpxFcD-qgBW1A/s1600/haiti.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZnBTPdg5tFbQOtEc4O5yBqWhRxjS1VF9L7TrdLrhBVsbK1yVrXsjg1brMGmT8w2XoPproII6YskxF9ztIMbP_volU4bCL-NTWq4qNZJTySMQAOLEdhpJ3sjX7HOrc55mpxFcD-qgBW1A/s320/haiti.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A Revolução do Haiti,
com a revolta dos escravos como eixo central, foi um complexo processo
político, social e militar, envolvendo negros, “mestiços” e brancos de
diferentes nacionalidades, que está diretamente relacionado aos impactos da
Revolução Francesa nas colônias do antigo regime. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A luta pela
independência do Haiti, conquistada 20 anos antes da independência do Brasil,
não coube aos grandes proprietários de terras, mas sim aos mais de quinhentos
mil escravos da colônia. Ao contrário de nosso país, onde o aristocrático
processo de independência não levou ao fim da escravidão, o Haiti conquistou
sua liberdade em pleno combate aos escravocratas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas a Revolução do
Haiti não foi feita somente de explosões locais espontâneas e desorganizadas de
escravos contra seus senhores. Para vencer as grandes potências europeias da
época, incluindo uma expedição inglesa de mais de 60 mil soldados bem armados e
treinados, além dos fazendeiros ricos, os negros haitianos tiveram que se organizar,
ter disciplina, fazer alianças, ou seja, se aprofundar na arte da guerra. Coube
a Toussaint L´ouverture, e seus generais negros, construir um exército de
escravos para libertar o Haiti das amarras do colonialismo e da escravidão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Há 225 anos da
revolução dos escravos no Haiti, quando os negros ainda morrem pelas balas do
Estado em todo o continente americano, acreditamos que esse pequeno artigo já
cumpriria o seu papel se mais jovens negros se motivassem a ler essa grande
obra de CLR James. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Hoje o povo haitiano
ainda é agredido pelas potências. Lamentavelmente, os governos petistas, se
apoiando no discurso racista de um Haiti incapaz de se desenvolver
autonomamente, se prestaram ao odioso papel de “capitão do mato” do capital
financeiro e comandam uma ocupação militar que já dura mais de uma década e que
até agora não trouxe nada para o Haiti a não ser assassinatos, estupros e
epidemias. As tropas da Minustah permanecem no Haiti para garantir a ordem
necessária para que as grandes empresas estrangeiras utilizem “em paz” a mão de
obra super-explorada do povo haitiano. Conhecer a verdadeira história do Haiti
significa inevitavelmente se localizar contra a presença das tropas brasileiras
e da ONU nesse país. O Haiti pode ser livre e soberano. Não temos dúvidas que
essa tarefa caberá aos trabalhadores haitianos com a solidariedade dos
trabalhadores e negros de todo o continente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Na segunda parte desse
artigo iremos destacar os episódios mais importantes da guerra de independência
do Haiti, as alianças esporádicas com distintos setores, a difícil e complicada
relação entre negros e “mestiços” e o papel de Toussaint L´ouverture na
construção do exército negro. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
JAMES, CLR. Os Jacobinos Negros: Toussainte L´Ouverture e a revolução de São
Domingo. São Paulo: Boitempo, 2010. <o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Ibid.,p.16<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ibid.,p.21<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ibid., p.22<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ibid., p.23<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ibid., p.27<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ibid.,p.30<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ibid., p.91<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Nayara/Desktop/Rafael/Partido/OS%20JACOBINOS%20NEGROS.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> Ibid.,
p.32<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-63006214190815906552016-02-14T06:58:00.003-08:002016-02-14T09:52:41.807-08:00O CHEFE SECRETO<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">Há algum tempo o
programa Fantástico, da Rede Globo, criou um novo quadro chamado “Chefe
Secreto”. O quadro, que reafirma a enorme capacidade da rede Globo em distorcer
a realidade, consiste em disfarçar o patrão e colocá-lo, durante alguns poucos
dias, para realizar o trabalho junto a seus empregados.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">Depois de um árduo
trabalho da equipe de edição do quadro, onde provavelmente as críticas e
indignações contra a patronal são cortadas, o programa nos é apresentado como
uma forma do empresário conhecer melhor seus funcionários e ter um contato mais
próximo com os trabalhadores. O quadro se esforça para mostrar um chefe
benevolente, atencioso e sempre preocupado com a vida do trabalhador. O fato de
milhões de trabalhadores brasileiros assistirem a esse programa todos os
domingos nos motivou a escrever sobre o quadro, que nos parece uma verdadeira
provocação ao trabalhador brasileiro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqzSPBdRZsYzEtR4z9HOqRF-3rVOFm9bmX21m5uPmyeHweh8I1QGy62RlHSlgeSGnHl0J5R8e_2C9a2lZ3ucxNvumfqKu0dZ4gLej8u3VlD7SK9BVi4jkwvDwsIf_fa4DnYyxCJF6dTJ4/s1600/fantastico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqzSPBdRZsYzEtR4z9HOqRF-3rVOFm9bmX21m5uPmyeHweh8I1QGy62RlHSlgeSGnHl0J5R8e_2C9a2lZ3ucxNvumfqKu0dZ4gLej8u3VlD7SK9BVi4jkwvDwsIf_fa4DnYyxCJF6dTJ4/s400/fantastico.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"> É óbvio que o tal chefe secreto, como apontou
o companheiro Herbert em recente publicação em seu Blog, está mais para um chefe
espião. Um empresário ávido por aumentar seus lucros e que está disposto a
fazer o papel patético de se fantasiar, com a ajuda da seção de efeitos
especiais da Globo, e descobrir o que poderá fazer posteriormente para aumentar
a produção e garantir a sua rentabilidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">As imagens que nos
mostram no domingo a noite não escondem que não há qualquer preocupação do
chefe infiltrado com a saúde e segurança dos trabalhadores. Toda atenção está
voltada para dinamizar a produção. No fim do programa, depois que o patrão
revela sua identidade, sempre há alguns “presentinhos” para aqueles
funcionários que estiveram mais próximos do chefe durante a gravação do quadro.
Empresários que faturam milhões de reais, na tentativa de tirar algumas
lágrimas dos milhões de trabalhadores que assistem ao programa, dão uma bolsa
de 70% (!) de desconto em alguma faculdade para um empregado. A felicidade do
operário que recebe a gratificação é comovente, mas a raiva logo volta quando
se pensa que todos os outros funcionários não terão a mesma dádiva do todo
poderoso patrão. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">Mas se engana quem acha
que não é possível aprender algo com esse quadro do Fantástico. A única coisa
que o programa não consegue esconder e que está ali para todos verem é que os
patrões não trabalham, não gostam de trabalhar e não aguentam trabalhar um dia
sequer na linha de produção. Toda aquela cantilena de que os patrões estão lá
em cima por que trabalharam muito para crescer desaba quando se assiste ao
programa. Basta trabalhar muito que um dia também viramos patrão: História pra
boi dormir. É isso que o programa mostra. O último quadro, por exemplo, mostrou
um casal de irmãos que são executivos e herdeiros de uma empresa. Não sabiam
sequer como o trabalho era realizado na empresa. Alguns chefes desistem no
primeiro dia com dores no corpo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">E talvez a conclusão
mais importante: Eles, os patrões e executivos, são completamente
desnecessários para o funcionamento da fábrica. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyJRadHs8cTNvoBCyBc-CNXNplMkkMpkVaclHFRdWTrp1SuoxOsnSw3ToLb1E_3GZyZHhrzZKpStPpwAaRnpOJGRuoaS0UfwY-mSs8bi9HfqC_qsAo3C7BCznq0mptMxEjoKh2y1-vD5Y/s1600/operarios.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyJRadHs8cTNvoBCyBc-CNXNplMkkMpkVaclHFRdWTrp1SuoxOsnSw3ToLb1E_3GZyZHhrzZKpStPpwAaRnpOJGRuoaS0UfwY-mSs8bi9HfqC_qsAo3C7BCznq0mptMxEjoKh2y1-vD5Y/s400/operarios.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">O operário não tem o
direito de desistir. Não há uma sala com ar condicionado e uma bela poltrona o
esperando caso sinta dor nas costas na linha de produção. Não pode tirar a
máscara. Está ali todos os dias de cara aberta. Não herdou dos pais uma grande
empresa. Só lhe resta acordar cedo todos os dias, enfrentar o transporte
público caro e lotado para garantir o sustento de sua família.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">Mas, ao contrário do
patrão, ele é fundamental para o funcionamento da produção.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">O chefe secreto, mesmo
que se esforce para mostrar o contrário, deixa claro que patrões e trabalhadores
estão em lados opostos. Esse programa dominical patético deve servir de combustível para
alimentar o necessário ódio de classe contra a patronal na Segunda-feira seguinte e em
todos os dias da semana. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-27500875895429465882016-02-01T12:25:00.000-08:002016-02-01T12:25:55.194-08:00A LEI DE DROGAS E O ENCARCERAMENTO DA JUVENTUDE NEGRA<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> Rafael Borges</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">A atual “lei de drogas”,
lei 11.343 de 23 de Agosto de 2006, foi promulgada com o objetivo de endurecer
as sanções contra o tráfico e tratar o uso de drogas como problema de saúde
pública. A legislação pretendia assim reduzir o número de prisões de pequenos
portadores de drogas ilícitas e focar no alto comando do tráfico. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">No entanto, como aponta
a pesquisa realizada pelo sociólogo da USP Marcelo da Silveira Campos e
publicada no jornal O Estado de S. Paulo, a população penitenciária brasileira
aumentou 77,5% entre 2005 e 2013, período que abarca os sete primeiros anos de
aplicação da lei. Não há dúvidas que esse crescimento vertiginoso da população
carcerária do país está diretamente ligado a publicação da nova lei de drogas. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">O pesquisador, professor-adjunto da Faculdade de Ciências Humanas Universidade
Federal de Grande Dourados (MS), sustenta que “muitas vezes, usuários que
deveriam ser enviados, segundo a lei, para unidades de saúde ou assistência
social estão sendo deslocados para as prisões”. Acrescentamos também o grande número
de prisões de jovens da baixa hierarquia do tráfico que vendem pequenas porções
de drogas para completar a renda de casa. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbB2iSQgUYpZckO1Gmp5L1yaRyp8KA-TYJfN5KIfGMmVO8a80DivV9c-C92muuynMNfwTnKWa4jP4JCSJjSAzaYFZSCyU7Zy4YUXpou4fXHl6I96ULrnXR8Y9n-FSRfixmvdsb9N6OslE/s1600/pris%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbB2iSQgUYpZckO1Gmp5L1yaRyp8KA-TYJfN5KIfGMmVO8a80DivV9c-C92muuynMNfwTnKWa4jP4JCSJjSAzaYFZSCyU7Zy4YUXpou4fXHl6I96ULrnXR8Y9n-FSRfixmvdsb9N6OslE/s400/pris%25C3%25A3o.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">A lei de drogas não
apresenta qualquer parâmetro ou quantidade específica para o que deva ser
considerado tráfico ou para uso próprio. Cabe ao juiz tal análise. Que as
exceções na magistratura me perdoem, mas o velho racismo impregnado nas
instituições do regime e em suas altas autoridades mostra que a cor da pele e a
região de origem são os critérios mais utilizados na hora de qualificar se uma
pessoa é traficante ou usuário. A pesquisa do sociólogo da USP apontou que
entre os anos de 2004 e 2009 uma pessoa flagrada portando drogas no Bairro de
Itaquera, periferia da Capital paulista, tinha quatro vezes mais probabilidade
de ser incriminada por tráfico do que notificada por uso. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">E</span><span style="line-height: 115%;">sse estrondoso
crescimento da população carcerária fez com que o Brasil atingisse, em 2014,
segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2015, o número de 607.373
presos no território nacional, sendo que quase 70% são pessoas negras. Quase 10
anos depois de sua publicação, a mesma lei que dá suporte legal para o
encarceramento de usuários ou de jovens da baixa hierarquia do tráfico deixou
intacta a estrutura de comando do tráfico e seus “representantes” políticos. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">O
judiciário, tão lento e ineficaz para julgar os crimes do colarinho branco, é
sempre tão rápido para encaminhar jovens para presídios e a fundação casa. Uma
justiça de classe tão dura contra jovens que portam alguns poucos gramas de maconha e
tão complacente com empresários e políticos cujas fazendas recebem meia
tonelada de cocaína. </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWGfnf59_sdoDynL-IAbh6MROGbLcC0a9IkW4KMZA5GVOBnvNZr1zn03xk9pcud_H8Q8bPCqZNY2G6KnpjtT9N0GZDOr51BmzbwmUzj47E6BtxT7B-DXCP4is5xD61XR-6M7AZKePkUYE/s1600/menor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWGfnf59_sdoDynL-IAbh6MROGbLcC0a9IkW4KMZA5GVOBnvNZr1zn03xk9pcud_H8Q8bPCqZNY2G6KnpjtT9N0GZDOr51BmzbwmUzj47E6BtxT7B-DXCP4is5xD61XR-6M7AZKePkUYE/s1600/menor.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">Os presídios lotam em
um ritmo alucinante, mas alguém se arrisca a dizer que os problemas de
violência e criminalidade estão diminuindo? É a comprovação da falência da atual
política de drogas. O que queremos destacar aqui é que embora a lei de Drogas
apresente um ou outro aspecto que, num primeiro momento pode parecer
progressivo, não conseguiu frear o tráfico de drogas e reduzir o encarceramento
de usuários. Não atingiu seus objetivos, pois a lei de drogas é apenas um fio
de uma longa teia formada por instituições marcadas pelo ódio contra os negros
e por uma realidade onde predomina a super- exploração, a profunda desigualdade
social, a falta de cultura e lazer nas periferias.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">Qualquer tentativa
séria de acabar com o tráfico e a cadeia de crimes e violência que o cerca
precisa ser feita, no mínimo, na perspectiva de descriminalização das drogas,
fim da polícia militar, investimento na saúde e garantia de acesso ao conjunto
de equipamentos e serviços para os usuários. </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-67917361880194492612016-01-26T08:58:00.001-08:002016-01-26T09:34:07.530-08:00A MADRUGADA NEGRA E O NEGRO NA MADRUGADA<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCFRHPXXSMsQtWAyTYUdN2t6RPIapzNEAXA_t7UcpcbqEwi3fQRGstpisMWcw0WPRVTbXBBHblA60HMJfJE8m59AiWQjI_A9pG6pQ2tC9lUSHL71NdeTY3aIdSud47-3WQAIBbEbgB-NQ/s1600/complexo+do+alem%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCFRHPXXSMsQtWAyTYUdN2t6RPIapzNEAXA_t7UcpcbqEwi3fQRGstpisMWcw0WPRVTbXBBHblA60HMJfJE8m59AiWQjI_A9pG6pQ2tC9lUSHL71NdeTY3aIdSud47-3WQAIBbEbgB-NQ/s400/complexo+do+alem%25C3%25A3o.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Depois de um longo dia de reuniões políticas, estava eu, com a habitual insônia, varando a madrugada acordado, refletindo sobre a vida e curtindo um Tupac. "Me Against the World". "Eu contra o mundo". A conclusão de uma das mais expressivas e, claro, contraditória voz do gueto norte americano. Fiquei ao longo da noite pensando qual foi o preto ou a preta, politizado ou não, que em momentos de vacilações nunca se perguntou: será mesmo? Sou eu contra todo mundo?</span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Os últimos séculos tem nos reservado dor, sangue e miséria. Não tivemos um segundo de paz. Do chicote ao cacete e ao esculacho diário dos verme. Da Senzala ao barraco sem luz, água e esgoto. Isso na melhor das hipóteses, quando não é, novamente, uma cela lotado com outros 50, todos pretos, é claro. </span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O trabalho é pesado, o salário é osso. Construímos toda a riqueza, e a pobreza nos é reservada. Se não tem trampo então se vira. Pega os bagulho e vai vender no Trem. "Trident, um real!". Mas fica esperto se não o rapa leva e ainda toma uns tapas. Décimo terceiro, direitos trabalhistas...não consta no dicionário da favela.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sai governo, entra governo, cria programa social, muda programa social e nada muda. Sim, alguma coisa muda, mas na essência, nada muda. Continuamos no topo da lista de vítimas da violência, em geral por parte do próprio Estado. Nossa juventude está sendo exterminada pela polícia. Me dei conta, então, que vou caminhando para os 30, contrariando as estatísticas. Mas muitos se vão, são assassinados...e cada vez é mais. Não preciso apresentar números para impressionar, basta abrir o jornal de hoje e tenho certeza que teremos um exemplo.</span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Somos só força de trabalho e objeto para o deleite dos ricos. As mulheres negras foram transformadas em objeto sexual para o deleite da patronal racista e dos lucros dos podres canais de televisão. A opressão se alastra nos meios de comunicação. E se for mulher, negra e lésbica então? Foi então que, desafiando a minha limitada e conservadora formação moral, fiquei um bom tempo imaginando como seria a vida de uma travesti negra? E de opressão em opressão, os senhores do capital nos fazem sentir vergonha da nossa pele, nos proíbem de amar, nos transformam em objetos e ainda enchem os bolsos aproveitando-se de nossa divisão. </span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">
</span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Mas quando não temos emprego, quando não temos casa, quando não temos mais nada, quando nos é negado tudo e parece que é o limite do sofrimento a burguesia branca nos surpreende: prende um morador em situação de rua condenado-o a cinco anos por "participar" dos protestos da jornada de junho portando um perigoso pinho-sol! Não me importa saber quantas páginas têm os autos ou os artigos do código penal, o motivo já sabemos, a sua cor preta. Preto em protesto? É o fim do mundo. Por coincidência ele não só compartilha comigo a cor da pele, mas também o nome. O parceiro injustiçado se chama Rafael. Cumpriu sua pena, voltou às ruas mas "a justiça criminal é implacável, tiram sua liberdade, família e moral e, mesmo longe do sistema carcerário, te chamarão pra sempre de ex presidiário." </span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nesse cenário de violência, miséria e, infelizmente, depois de importantes derrotas estratégicas para nosso povo não há, é verdade, com evitar pequenos momentos de vacilos. Os questionamentos são incessantes. Conseguiremos nos organizar? Os milhões de trabalhadores negros conseguirão se unir para garantir a sua existência com dignidade antes de serem exterminados? Conseguiremos, ombro a ombro com os trabalhadores brancos, avançar em nossa consciência e derrubar esse sistema de ódio que nos trata há séculos como párias?</span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O cansaço enfim chegou. Mas antes de dormir vem à cabeça, mais uma vez, a luta dos jacobinos negros do Haiti, a resistência de Zumbi, Dandara e milhares de outros escravos, os malês, a revolta da chibata, os panteras negras nos EUA, os metalúrgicos negros e suas greves em 80 e os garis do Rio de Janeiro, mais recentemente. Não sou eu contra o Mundo. Somos nós contra o mundo capitalista. O otimismo volta com toda força. "Lava o rosto nas águas sagradas da pia, nada como um dia após o outro dia". </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Rafael Borges</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-89140903049179203562013-10-03T09:17:00.001-07:002013-10-03T10:18:23.074-07:00MORADORES DA OCUPAÇÃO ESPERANÇA RECEBEM AMEAÇA DE MORTE!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizjVyCJmWUfv8MJpRzyNcUTlgDtgdVhz0sOxEAGfslGoZ3r5Mzx4C3lPYU8XW7S6U9KPUF1SEao03INlzZJd4MI7ynezKlOcd8wz5UXIsoaYHC_Fkog-BsgQBQAkaz1iU55abST-VY8YA/s1600/ocupa%C3%A7%C3%A3o+esperan%C3%A7a+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizjVyCJmWUfv8MJpRzyNcUTlgDtgdVhz0sOxEAGfslGoZ3r5Mzx4C3lPYU8XW7S6U9KPUF1SEao03INlzZJd4MI7ynezKlOcd8wz5UXIsoaYHC_Fkog-BsgQBQAkaz1iU55abST-VY8YA/s640/ocupa%C3%A7%C3%A3o+esperan%C3%A7a+5.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Na última semana, homens armados foram até a ocupação Esperança, em Osasco, para ameaçar de morte as lideranças do movimento Luta Popular.<br />Ao que parece a luta do povo organizado está incomodando muito os políticos, empresários e poderosos da região. Até agora, o prefeito Jorge Lapas, do PT, não deu qualquer resposta para as mais de 1000 famílias que estão na ocupação. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O déficit habitacional de Osasco é muito grande. São mais de 40 mil famílias cadastradas nos programas habitacionais do governo. Entretanto, desde 2009, as gestões petistas só liberaram 429 casas populares. Um número irrisório diante de tanta gente que necessita de moradia. A prefeitura, por outro lado, tem fornecido inúmeros incentivos aos grandes empresários que querem construir um heliporto em uma área próxima a ocupação. Ou seja, dinheiro e disposição política para construir casas populares não têm, mas para construir instalações para os ricos "estacionarem" seus helicópteros aí sempre há. <br />É preciso uma ampla solidariedade à Ocupação Esperança e ao movimento Luta Popular. Chamamos todas as entidades estudantis, sindicais, de direitos humanos e movimentos sociais a se somarem a campanha contra as ameaças à ocupação Esperança e na defesa do direito à moradia. Qualquer agressão ou violência contra os moradores e as lideranças do movimento serão de inteira responsabilidade do poder público (Prefeitura, Governos Estadual e Federal). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Abaixo reproduzimos o comunicado dos companheiros da Ocupação Esperança.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Aí gente, dois informes importantes sobre a Ocupação Esperança, por favor ajudem a divulgar: </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">1) Hoje, às 13h, temos uma grande manifestação pra exigir que a prefeitura e as outras esferas de governo se posicionem frente nossa demanda por moradia digna.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">2) Uma denúncia bastante grave: estamos sendo ameaçados de morte. </span><br />
<br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;" />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Aqui os detalhes:</span><br />
<br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;" />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Somos aproximadamente 1000 famílias na Ocupação Esperança, </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">organizada junto com o Movimento Luta Popular em Osasco. A Ocupação é num terreno particular do bairro Santa Fé e tá de pé desde 23 de agosto.<br /><br />Negociação<br /><br />O proprietário do terreno – que não cumpria sua função social e tem acúmulo de dívidas – já entrou com pedido de reintegração de posse. Só que em audiência realizada em 18 de setembro, a justiça concedeu uma suspensão de 30 dias no processo de avaliação do pedido da liminar.<br /><br />O prazo foi estipulado por existir disposição do proprietário em vender o imóvel caso a prefeitura e a Caixa Econômica façam proposta de compra – o que poderia evitar um trágico despejo.<br /><br />Já a prefeitura de Jorge Lapas (PT), não dá qualquer resposta. A última reunião do movimento com o governo municipal aconteceu em 10 de setembro, dia em que fizemos um ato até a Câmara dos Vereadores. Enquanto de forma unânime os 21 parlamentares assinavam documento em favor da ocupação, a prefeitura se comprometia a marcar reunião junto com a Caixa e o movimento popular para avançar com negociação. Desde então, no entanto, não atendem telefone nem respondem e-mail.<br /><br />Ameaça de morte<br /><br />Além da insensibilidade da prefeitura, o movimento enfrenta outro tipo de grave dificuldade. Nessa última semana, moradores da ocupação foram interpelados por homens armados durante a noite, perguntando por supostos líderes do movimento. Pediram para passar recados ameaçando a militância de morte, afirmando que terão de sair do terreno.<br /><br />A Ocupação Esperança tá em alerta, e tem recebido solidariedade de uma série de outros grupos e organizações parceiras. É muito importante que a soma na vigília noturna que já tamo recebendo de diferentes apoiadores, com câmeras em punho, se mantenha.<br /><br />Ressaltamos que todas as esferas de governo, na medida em que não resolvem os problemas habitacionais das famílias, são responsáveis por qualquer violência que aconteça dentro da ocupação.<br /><br />Numa luta que questiona diretamente a propriedade privada, os inimigos que fazemos são muitos, muito poderosos e portadores de toda a sorte de interesses. Mas não nos intimidaremos!<br /><br />Continuaremos a luta da Ocupação Esperança e de quantas outras ocupações forem necessárias pra que os mais pobres possam ter onde morar.</span></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-67806015624682446642013-10-02T15:22:00.002-07:002013-10-02T15:22:25.048-07:00COMUNICADO DA OCUPAÇÃO ESPERANÇA, EM OSASCO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid0aO2nYxINJ5iSpIjBr8n6zbDCMKPlgAzQ6KMjPWfgMbNlzZp3TyzReqhDpHnQNrlKNtXRMCLVL-FmV4JqUh2wR-9KaLkJpCS3foqeUjYEhIXAVMX2_Z_1vL4JdPyB19bPr4ghfoo0PY/s1600/ocupa%C3%A7%C3%A3o+esperan%C3%A7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid0aO2nYxINJ5iSpIjBr8n6zbDCMKPlgAzQ6KMjPWfgMbNlzZp3TyzReqhDpHnQNrlKNtXRMCLVL-FmV4JqUh2wR-9KaLkJpCS3foqeUjYEhIXAVMX2_Z_1vL4JdPyB19bPr4ghfoo0PY/s320/ocupa%C3%A7%C3%A3o+esperan%C3%A7a.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">A Ocupação Esperança entra agora em uma nova fase de lutas! A partir desta noite, contaremos com a presença noturna de apoiadores e apoiadoras do movimento, estudantes, professores, sindicalistas, lutadores do Brasil e de outros países que passarão conosco noites de vigília pela moradia. Até o dia 18 ninguém de nós - que despertou para as lutas por liberdade - poderá dormir. Se você quer fazer parte das equipes de vigília, escreva para nós a melhor data de passar a noite por aqui. Ou simplesmente apareça e some com a gente. Tragam suas máquinas fotográficas e câmeras: Nos momentos de vigília há muita coisa linda a ser registrada.</span><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">Avante os que Lutam!</span><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">Luta Popular<br /><br /><br /><br /></span></span>Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-39467224028507190332013-10-02T15:14:00.004-07:002013-10-02T15:16:54.604-07:00BREVE OPINIÃO: NOVOS PARTIDOS E O REGIME POLÍTICO BRASILEIRO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4TLrB8x7XsBInxwzK7Bg9uW5JKF4G6QZflrgo0xHZmGGteDOroBJh8ZgFudkcjjtpZfCDsi3FzBmpuXlJHFmJiXlgODfSmbcuLcbXRtacRs40_o-VmynVaMSJD0iCAQ2qoJ7b4Myetng/s1600/paulinho.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4TLrB8x7XsBInxwzK7Bg9uW5JKF4G6QZflrgo0xHZmGGteDOroBJh8ZgFudkcjjtpZfCDsi3FzBmpuXlJHFmJiXlgODfSmbcuLcbXRtacRs40_o-VmynVaMSJD0iCAQ2qoJ7b4Myetng/s400/paulinho.jpeg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Na última semana dois novos partidos foram registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e o "Solidariedade". O primeiro, fundado pelo desconhecido ex vereador Eurípedes Gomes, tem como principal mote a criação de um imposto único. Já o Solidariedade foi impulsionado pelo "Paulinho da Força" (presidente da burocrática Força Sindical) juntamente com outros setores do PDT e do PSB (Ciro e Cid Gomes) insatisfeitos com o Governo Federal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O PROS, ao que tudo indica, deve compor a base governista. E não poderia ser diferente. Conforme informação do Jornal <i>O Estado de São Paulo </i>um dos principais apoiadores político-financeiro desse novo partido é José Batista Jr, um dos donos da FRIBOI, a maior indústria de carnes do mundo e também umas das principais doadoras para as campanhas eleitorais do PT. O PROS, desse modo, se junta a longa lista de micro partidos empresariais que compõem a base do governo para levar a frente medidas de ataques aos direitos sociais e trabalhistas e agraciar o empresariado com inúmeras concessões, incentivos e crédito.<br />Já o "Solidariedade", que deverá contar desde seu início com algumas dezenas de parlamentares (provenientes dos mais variados partidos burgueses) deverá compor a base da oposição burguesa (PSDB, DEM e PPS). A agremiação, que omite a palavra partido em seu nome para tentar surfar numa suposta onda apartidária, é uma miscelânea de políticos provenientes da burocracia sindical e do empresariado. Em seu programa deixa claro que sua meta é a "defesa" dos trabalhadores a partir da defesa do setor produtivo, ou seja, vultuosos incentivos aos grandes empresários e apoio aos medidas de flexibilização dos direitos trabalhistas. Tudo isso em nome de uma suposta modernização das relações de trabalho. Uma grande ladainha para justificar a precarização e a superexploração da classe trabalhadora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-size: x-large;"><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-size: x-large;">O projeto de Marina Silva ameaçado</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-size: x-large;"><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjS3ZHQCHhX2Rf3gRod3XEXZUy07uvXGXxNAdPoU4EZsIJwtHjGJ9IP3OU5WeVLziY6B1OtII5T9uDpNwhuqQeMEWcis1-1fHxt_vfbmf04xafJhSge2bW3hloFPR23xEe4Eaj8HFtMj4/s1600/marina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjS3ZHQCHhX2Rf3gRod3XEXZUy07uvXGXxNAdPoU4EZsIJwtHjGJ9IP3OU5WeVLziY6B1OtII5T9uDpNwhuqQeMEWcis1-1fHxt_vfbmf04xafJhSge2bW3hloFPR23xEe4Eaj8HFtMj4/s400/marina.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> </span><span style="font-size: large;">Nos próximos dias o TSE irá julgar o registro da "Rede Sustentabilidade", agremiação fundada por Marina Silva (ex-PT e ex-PV) para concorrer as eleições de 2014. A "Rede", que tenta aparecer como algo novo na política, é apoiada e sustentada por setores da velha e suja política patronal. Não por acaso um dos principais nomes dessa nova empreitada de Marina é Alberto Goldman (ex vice-governador pelo PSDB). Além disso, um dos principais financiadores do "Rede" é a empresa de cosméticos Natura, conhecida pelos inúmeros casos de assédio e pela superexploração dos funcionários de suas fábricas. O "Rede" defende o chamado "capitalismo verde". Uma proposta utópica, cínica e reacionária de "preservar" o meio ambiente junto com as grandes empresas e setores do agronegócio, justamente os que mais poluem e destroem o meio ambiente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Entretanto, nos bastidores do Congresso e da justiça eleitoral tudo indica que o TSE deve negar nos próximos dias o registro ao partido de Marina. A alegação é que a agremiação de Marina não conseguiu atingir o número de assinaturas necessárias para a validação do partido. Todavia, está claro que o PT, assim como a própria oposição burguesa, batalharam para que o "Rede" não fosse regularizado, pois Marina seria um risco às candidaturas de Dilma (PT) e Aécio (PSDB). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>A polêmica sobre a criação de novos partidos e regime político brasileiro</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimbwdof_N2ShTtcg4E_NV2dANpAWQc0d-C5mL5Ef9Vx2V3NBn_1zaco77D5oP4RwbQ7nxOOwgu6uLyRcNKuoXqVcN-VFsLpNkUkM2Cp2NUD4u_Bdr1k5yHDMVjVg6ohWCtobshneCte9g/s1600/EIKE+DILMA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimbwdof_N2ShTtcg4E_NV2dANpAWQc0d-C5mL5Ef9Vx2V3NBn_1zaco77D5oP4RwbQ7nxOOwgu6uLyRcNKuoXqVcN-VFsLpNkUkM2Cp2NUD4u_Bdr1k5yHDMVjVg6ohWCtobshneCte9g/s400/EIKE+DILMA.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A criação desses novos partidos abriu um debate, nos principais meios de comunicação da burguesia, sobre a necessidade de restringir a criação de novos partidos. Afinal já são 32 partidos registrados no TSE. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em outras palavras, para as cúpulas dos partidos patronais e os analistas da burguesia a salvação do regime político brasileiro, avesso à participação das massas na vida política do país e conivente com esquemas sujos de caixa dois e doações de empresas aos grandes partidos burgueses, se daria a partir da implementação de medidas antidemocráticas para inviabilizar a criação de novos partidos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O que a mídia e os cientistas políticos da burguesia omitem é que a maioria desses partidos possuem sedes diferentes, jornais diferentes, siglas diferentes, mas, em última instância, com raríssimas exceções, defendem os mesmos interesses de classe. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O fato de que a cada ano sejam criados mais partidos de aluguéis não pode ser utilizado como argumento para limitar o já limitadíssima e antidemocrático regime político brasileiro. </span></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-33988893485902675762013-09-11T15:57:00.001-07:002013-09-13T10:06:19.021-07:00OPINIÃO: O QUE FICOU DAS "JORNADAS DE JUNHO"?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuDSIj3KrGAUYILVSfnpvSnxZtFSrrc0Fjeiw4SlV7L8wPuYBAZ98ierKVEH8zzDX7_aFiHt8zXfgUY0y8IlQARR-p1vLme9oNk4UOZ2pB1hphRh07sDDwsiObpcuQzKL1sTdFYVFr7m4/s1600/junho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuDSIj3KrGAUYILVSfnpvSnxZtFSrrc0Fjeiw4SlV7L8wPuYBAZ98ierKVEH8zzDX7_aFiHt8zXfgUY0y8IlQARR-p1vLme9oNk4UOZ2pB1hphRh07sDDwsiObpcuQzKL1sTdFYVFr7m4/s400/junho.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nunca é demais lembrar que a imprensa brasileira, durante as primeiras manifestações contra o aumento da passagem em São Paulo, em uníssono, condenou a ação dos manifestantes e exigiu mais repressão. Foi só com a massificação das mobilizações e o surpreendente apoio das massas aos protestos que a mídia modificou sua linha e passou a "defender" os atos de rua. Evidentemente, esse apoio foi acompanhado por um discurso que tentava extrair o conteúdo crítico das reivindicações e reduzi-las em algo completamente inofensivo ao regime.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Três meses após as massivas mobilizações de Junho, os mesmos setores conservadores da mídia que exigiam mais repressão, e que num segundo momento cinicamente mudaram de opinião, levam a frente uma verdadeira campanha de deslegitimação das ações e mobilizações convocada pelos organizações sindicais durante os meses de Julho e Agosto. Alguns, como o jornalista e colunista do <i>Estadão</i>, José Nêumanne Pinto, chegam a prognosticar o fim das jornadas de Junho. Em artigo publicado no <i>Estadão </i>no dia 11/09 o jornalista prega que as mobilizações do dia 7 de setembro foram esvaziadas, com violência gratuita (Black Block) e, desse modo, comprovariam o "fim de Junho". Nêumanne não é o único que pretende decretar a morte das jornadas de Junho. A linha editorial dos principais periódicos do país faz um esforço hercúleo para tentar mostrar as mobilizações operárias que ocorreram nos dias 11 de Julho e 30 de Agosto como ações fracas, deslocadas e sem qualquer relação com as mobilizações de Junho. Definitivamente, esse esforço da mídia e dos setores conservadores em separar as mobilizações de massas das ações operárias de Julho e Agosto é um claro indicativo do enorme receio que os grandes empresários têm da explosiva e potente aliança entre os trabalhadores, a juventude estudantil e setores da classe média empobrecida. Como veremos, a posição da mídia brasileira não tem qualquer lastro com a realidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>As mobilizações de 11 de Julho e 30 de Agosto como parte das "Jornadas de Junho"</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9uY4FisMB7jv-jl0tWjC-he6Z-aorxu4VaDpld1Kr4IWv9xqS08tM96xfU_QbddiPTc85ArxigMdV574Ym996YgWdWcpRCOlx64c56mSyRO6U0icOKy9YtcaogrpQ_K6GgbMVDqgVxrA/s1600/constru%C3%A7%C3%A3o+civil+greve+geral+dia+11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9uY4FisMB7jv-jl0tWjC-he6Z-aorxu4VaDpld1Kr4IWv9xqS08tM96xfU_QbddiPTc85ArxigMdV574Ym996YgWdWcpRCOlx64c56mSyRO6U0icOKy9YtcaogrpQ_K6GgbMVDqgVxrA/s400/constru%C3%A7%C3%A3o+civil+greve+geral+dia+11.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">As "jornadas de Junho" foram decisivas para que os trabalhadores, de forma organizada, também entrassem em ação com seus métodos de luta tradicionais. O dia 11 de Julho, dia nacional de mobilização convocado pelas Centrais sindicais e movimentos sociais, sacudiu o país com paralisações de importantes categorias, fechamento de rodovias e avenidas e ocupações de prédios públicos. Dizemos que as jornadas de junho foram cruciais para a realização dessa mobilização, pois a indignação que tomou conta do povo se alastrou para dentro das fábricas e empresas. Nas panfletagens e agitações nas portas das fábricas para construir os dias de mobilização e paralisação era possível perceber uma crescente indignação e uma maior disposição à luta. A pressão da base foi determinante para que as burocracias sindicais (CUT e Força Sindical), avessa às lutas, se incorporassem nas mobilizações. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O dia 30 de Agosto, dia nacional de paralisações, também foi mais um exemplo de que os ventos de Junho ainda sopravam nos fins de Agosto. Importantes batalhões da classe operária e inúmeros setores do funcionalismo público cruzaram os braços para reivindicar mais investimentos nos serviços públicos, fim das terceirizações, redução da jornada de trabalho e fim do fator previdenciário. Milhares de metalúrgicos de São José dos Campos paralisaram suas atividades. A paralisação também foi forte na baixada santista e em setores da Construção Civil de Belém e Fortaleza. A CSP-Conlutas, mostrando que vem ganhando cada vez mais espaço diante da falência das velhas centrais pelegas, garantiu sozinha a paralisação em muitas categorias nas regiões do Sul ao Nordeste. A mobilização poderia ter sido muito maior se não fosse o boicote e a apatia da CUT e da Força Sindical. Essas Centrais assinaram a convocatória unitária, mas na hora H, satisfeitas com as migalhas e falsas promessas do governo, se ausentaram da luta ou fizeram muito pouco. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">De todo modo, o dia 30 de agosto mostrou uma forte disposição de luta em muitas categorias. Em alguns setores da classe trabalhadora a data serviu para dar largada em fortes campanhas salariais. Foi o caso da Construção Civil de Belém, onde os operários, após uma paralisação e uma grande assembleia no dia 30, deram início a uma greve que durou nove dias e, enfrentando uma patronal dura e extremamente conservadora, conseguiram um reajuste salarial com ganhos reais. No dia 30 de agosto também vimos alguns casos importantes de questionamento às direções sindicais pelegas ou apáticas. Diversas categorias obrigaram seus sindicatos a chamar a paralisação. Exemplo disso foi o caso de algumas fábricas do setor Químico da região de Osasco, onde o sindicato, que não vinha construindo a paralisação, foi obrigado a realizar uma assembleia (com atraso da entrada) e aprovar indicativo de greve na segunda maior fábrica do setor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A juventude também participou ativamente das mobilizações de Julho e Agosto. A Assembléia Nacional dos Estudantes-Livre (ANEL) organizou milhares de estudantes em todo o país em apoio às ações dos trabalhadores e manteve de pé uma campanha nacional pelo passe livre já!. A entidade organizou atos, trancaços e dezenas de ocupações de Câmaras de Vereadores. Essas ações criaram condições reais de alcançar o passe livre em alguns lugares. Na juventude, além das ações realizadas pela ANEL, tem ganhado força a luta contra o genocídio do povo pobre e negro. A pergunta "Cadê o Amarildo?" tomou as ruas e as redes sociais mostrando que a juventude já não vai mais aceitar passivamente a violência policial nos morros e favelas.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4oK-Ds4fI0Eu7ch_aZHyud5JUnHeDUGlXgk7z3Mxb4R_ggYaqftTZ5eY5Vj76JsBV_fEIaZDTrz-r9WI0LO2sQ8EH9hUY0MQLY_kdVNsn1F6U4mTSnI1bPiEx4MJR-3AaJ-1UrrbLJOA/s1600/ocupa%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4oK-Ds4fI0Eu7ch_aZHyud5JUnHeDUGlXgk7z3Mxb4R_ggYaqftTZ5eY5Vj76JsBV_fEIaZDTrz-r9WI0LO2sQ8EH9hUY0MQLY_kdVNsn1F6U4mTSnI1bPiEx4MJR-3AaJ-1UrrbLJOA/s400/ocupa%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O 7 de setembro, quando os governos e os conservadores tentam instigar o sentimento patriótica, também foi mais um exemplo de que a indignação de amplas camadas da população segue muito forte. Ainda que os atos estiveram longe de alcançar o mesmo patamar de Junho é preciso destacar que houve um importante crescimento dos tradicionais atos (grito dos excluídos) que a esquerda costuma realizar na data. Os governos Federal, Estadual e municipais responderam com muita repressão os protestos no dia da "independência". Foram mais de 300 pessoas presas em todo o país. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É um fato que não vivemos mais a mesma conjuntura que se abriu com os massivos protestos que cobriram as ruas do Brasil. As mobilizações não tem a mesma massividade. O governo, inclusive, tem uma ligeira recuperação na percentagem de sua popularidade. Entretanto, nos parece que seria extremamente equivocado, como faz os analistas da burguesia, acreditar que as Jornadas de Junho tenham sido completamente dissipadas ou mesmo que estas não tenham deixado nada de significativo. A indignação e disposição de luta segue relativamente forte em muitas categorias de trabalhadores e nos setores estudantis (secundarista e universitário). O papel traidor das burocracias sindicais e dos setores governistas no movimento popular, justamente quando as massas mais precisam de suas ferramentas de luta, tem proporcionado, no mínimo, um revigoramento no processo de reorganização sindical, estudantil e popular. A CSP-Conlutas e ANEL têm ganhado muito respaldo nas bases operárias e estudantis, respectivamente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdKyP_kYoJf6QUbXVxB0y80abk4ZVy9Khdkb5lyBntCaDmDF_axJZndCZmqlHaP8GEuclL-Xq5BZ0AKVjyzauIktc_GpONZxsMrC3kqwpLTNuixdijvEA4vyCeBL2FvoZESOnUkXFT-a0/s1600/cartaz+oficial+MML.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdKyP_kYoJf6QUbXVxB0y80abk4ZVy9Khdkb5lyBntCaDmDF_axJZndCZmqlHaP8GEuclL-Xq5BZ0AKVjyzauIktc_GpONZxsMrC3kqwpLTNuixdijvEA4vyCeBL2FvoZESOnUkXFT-a0/s640/cartaz+oficial+MML.jpg" width="448" /></a></div>
<span style="font-size: large;">É responsabilidade de cada ativista sindical, estudantil e popular, assim como de todos aqueles que não pretendem deixar apagar a chama das mobilizações de Junho, seguir e auxiliar esse processo de reorganização. Nos dias 4, 5 e 6 de Outubro daremos mais um importante passo no processo de reorganização. Nessa data será realizado o I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta (MML), movimento de mulheres filiado a CSP-Conlutas. Fazemos um convite especial a todas as mulheres, trabalhadoras e estudantes, para participarem do encontro. Os companheiros homens estão convocados a ajudar na construção do Encontro em seus locais de trabalho e estudo. A construção de um grande movimento de mulheres classistas, que esteja na vanguarda da luta contra o machismo e por direitos e salários iguais, é indispensável para avançar no processo de reorganização e, sem dúvida, uma vitória para todo o conjunto da classe trabalhadora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-13807419189005524732013-08-21T13:45:00.001-07:002013-08-21T14:28:00.751-07:00SINDICÂNCIA CONTRA ESTUDANTES DA UNESP FRANCA: ARBITRARIEDADES, NULIDADES E PERSEGUIÇÃO POLÍTICA.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Rafael Borges<o:p></o:p></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU5kTVqTx8KW2TWxUS4oBWMjFOBM8iljSWmmImN5L-ad3cnjfEROGqIvelk_cBB3XRaU_3CDh_eGwbSxRfb6II7qAGJrthhGAyYZ769ibl5EchxHiHBaPazh_6jD7l-vRRix8NQYAgsnA/s1600/assembleia+Franca+2013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU5kTVqTx8KW2TWxUS4oBWMjFOBM8iljSWmmImN5L-ad3cnjfEROGqIvelk_cBB3XRaU_3CDh_eGwbSxRfb6II7qAGJrthhGAyYZ769ibl5EchxHiHBaPazh_6jD7l-vRRix8NQYAgsnA/s320/assembleia+Franca+2013.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
No final do ano
de 2012 o diretor da Unesp Franca, Professor Fernando Fernandes, publicou uma
portaria instaurando uma sindicância contra 31 estudantes. O objetivo de tal
procedimento administrativo seria apurar os fatos ocorridos durante uma
manifestação organizada por mais de 200 pessoas da comunidade acadêmica local
contra a presença no campus de D. Bertrand, porta-voz da extrema-direita brasileira
e integrante de grupos que pregam o ódio. Mostraremos aqui, independentemente
do juízo de valor que cada um faça sobre a manifestação ocorrida em Agosto de
2012, que a referida sindicância carece de legalidade desde o seu nascedouro e
que a Administração da Faculdade, na pessoa do seu diretor Fernando Fernandes,
violou constantemente os mais elementares princípios e garantias processuais
asseguras pela legislação pátria. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Apuração ou Inquisição?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Em primeiro
lugar é preciso destacar que não há nenhuma explicação plausível para a escolha
dos 31 nomes da Sindicância. É de conhecimento geral, conforme mostram as
imagens, que mais de 200 pessoas participaram do ato contra o “príncipe
herdeiro”. Todavia, apenas uma pequena parcela foi incluída na sindicância e
está ameaçada de sofrer algum tipo de sanção. Em várias ocasiões, o diretor,
que “coincidentemente” é o orientador do grupo que organizou a atividade com D.
Bertrand, confirmou que os nomes foram apontados pelos próprios membros do
grupo que organizou a palestra. O diretor, se afastando das suas atribuições de
administrador do campus e representante de toda a comunidade acadêmica, e se
mostrando verdadeiro militante da causa dos grupos de extrema-direita do
campus, acatou de prontidão a lista de nomes encaminhada, sem qualquer apuração
prévia. A maneira como as pessoas foram apontadas para a sindicância foi tão
precária que algumas pessoas da lista sequer estavam na faculdade no dia do
ato.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Imediatamente, o
Diretor montou uma comissão processante formada por professores indicados por
ele mesmo (!). Ou seja, o próprio orientador do grupo se torna o acusador e
este, por sua vez, indica os nomes daqueles que irão decidir sobre o caso. Importante
lembrar que os professores escolhidos foram cirurgicamente selecionados entre
aqueles ferrenhos defensores do latifúndio e do agro negócio, posição esta em
consonância com a visão de mundo de D. Bertrand. Além disso, a administração
também criou inúmeros embaraços para que as pessoas mencionadas na portaria
pudessem ter acesso aos autos do processo. E para referendar seu autoritarismo
o diretor ainda substituiu, sem qualquer motivo, os nomes constantes da
sindicância. O diretor do campus de Franca acusa, investiga e julga. Fenômeno
que no direito processual penal ganha o nome de procedimento inquisitivo. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A administração da Unesp, na sua sanha
repressiva e persecutória contra os estudantes que participam do movimento
estudantil, pisoteou o dispositivo constitucional que assegura os princípios do
contraditório e da ampla defesa nos procedimentos administrativos. Vale lembrar
que esses descalabros não são “privilégios” do diretor de Franca.
Recentemente, a administração do campus de Araraquara abriu uma sindicância, e
com um completo cerceamento de Defesa, expulsou sumariamente alguns estudantes
da moradia estudantil. Definitivamente, se depender dos diretores e da
Reitoria, os direitos e garantias fundamentais consubstanciados no célebre
artigo 5º da nossa Carta Magna não serão respeitados em terras
“unespianas”. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Destaca-se que,
mesmo transcorrido nove meses da publicação da portaria que instaurou a
sindicância, as pessoas ainda não foram sequer citadas para tomarem
conhecimento das acusações a qual são imputadas. Como se não bastasse as
freqüentes violações aos princípios do contraditório e da ampla defesa, a
administração do campus de Franca está fazendo com que o procedimento se
arraste indefinidamente no tempo. Desse modo, a direção, antes sequer do início
da apuração, já está punindo os estudantes formandos (já que estes estão
impossibilitados de receber o certificado e de trabalhar) e transforma a
sindicância num instrumento de disseminação de medo e ameaças contra os alunos
mais novos que pretendem participar do movimento estudantil. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Arbitrariedade: Faculdade impede que
formandos recebam seus certificados <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Em meio a esse
mar de arbitrariedades, sem dúvida, uma delas ganha a atenção. A direção de
faculdade, amparada pela procuradoria da Unesp, decidiu não liberar os
certificados para os formandos que foram sindicados. Pior, forneceu um
documento discriminatório onde destaca que tais pessoas só fariam a colação de
grau com o término da sindicância. O diretor Fernando Fernandes, professor do
curso de Direito da faculdade, como já dissemos aplicou uma pena (a não colação
de grau) antes da própria apuração. <br />
Diante de tamanha violação ao seu direito adquirido alguns alunos impetraram
mandados de segurança contra esses abusos do diretor do campus. Não nos
surpreendeu que tais atos da direção do campus tenham causado extrema
indignação até mesmo nos frios corredores do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O Desembargador Luiz Sergio Fernandes, em julgamento do Agravo de Instrumento
interposto pela faculdade, externou sua opinião da seguinte maneira:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“A pretensão da autoridade
administrativa e da Universidade Paulista constitui-se um verdadeiro assombro
de arbitrariedade, máxime em se cuidando de um espaço público, no qual não se
pode admitir que o necessário esclarecimento das pessoas envolvidas no episódio
transborde para um exemplo estarrecedor de autoritarismo e abuso de poder.” (SÃO
PAULO, Tribunal de Justiça, AI 0069588-46.2013.8.26.0000
Rel: Des. Luiz Sergio Fernandes De Souza) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A orientação da
procuradoria da UNESP de negar a liberação dos certificados e conceder apenas
um documento discriminatório também foi duramente condenada pelo Relator do
acórdão:</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“O pretendido condicionamento no
certificado “... o grau alcançado será conferido somente após o término de sindicância” ,
constitui-se, portanto, em termos singelos, pura arbitrariedade que espanta até
mesmo o Relator, que com mais de trinta anos de judicatura, vinte dos quais
judicando na área de Direito Público, ainda é capaz de se surpreender com a
criatividade de certas autoridades administrativas, quando se trata de praticar
atos arbitrários.” (SÃO PAULO, Tribunal de Justiça, AI 0069588-46.2013.8.26.0000
Rel: Des. Luiz Sergio Fernandes De Souza)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Importante lembrar que a Egrégia Congregação, instância
máxima de decisão do campus, votou, por unanimidade, uma nota de repúdio a
abertura da sindicância contra os estudantes. Contudo, o diretor Fernando
Fernandes, conhecido pela sua falta de diálogo com a comunidade acadêmica,
simplesmente ignorou esse fato e segue trabalhando arduamente para sancionar
àqueles que defendem o caráter público e laico da universidade. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Sindicância a serviço de uma política
persecutória<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
O que
desenvolvemos a cima apenas demonstra como a dita sindicância, contaminada
desde a sua raiz por vícios e nulidades, é, na realidade, um instrumento que a
direção se vale para gerar um constante medo contra os estudantes que almejam
participar do movimento estudantil. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Uma simples
visualização dos autos da sindicância mostra o seu verdadeiro objetivo. São
páginas e mais páginas destinadas a mostrar a predisposição política e
ideológica das pessoas, inclusive com investigações em redes sociais. Também
constam nos autos, evidenciando o verdadeiros interesse por trás da
sindicância, ofícios de grupos e partidos de extrema-direita exigindo repressão
aos envolvidos. O Diretor, lamentavelmente, tem dado mais atenção aos resmungos
de representantes da nova ARENA (o partido que sustentou a ditadura) do que a
própria Congregação do Campus. Parece que o entendimento de que tal sindicância
tem um forte caráter de perseguição também é compartilhado pelos magistrados do
TJ que julgaram recente mandado de segurança impetrado por uma aluna:</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“É por essas razões que causa
perplexidade que uma universidade pública, que é um centro de excelência de
ensino e pesquisa e gerida por preparados e respeitáveis professores, venha a
resvalar em perseguições e arbitrariedades como a relatada nesse agravo.” (SÃO
PAULO, Tribunal de Justiça, AI 0069588-46.2013.8.26.0000
Rel: Des. Luiz Sergio Fernandes de Souza) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Não há mais dúvida
sobre os vícios e nulidades nessa sindicância. Também pensamos que sejam claros
os objetivos persecutórios envolvidos nesse procedimento. Diante de tamanho
absurdo, condenado até mesmo pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de
SP, se faz necessário que a direção libere imediatamente o certificado, sem
qualquer restrição ou discriminação, para todos os alunos sindicados que já
tenham reunido as condições acadêmicas para colação de grau. Tendo em vista o
longo período que se passou sem que tenha ocorrido sequer a citação dos
envolvidos, desrespeitando assim outro princípio constitucional (CF/88, <span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">LXXVIII, a todos, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação.)</span> é preciso dissolver e encerrar
os trabalhos dessa sindicância o mais rápido possível. Com a palavra, a
administração da UNESP-Franca. </div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-26466200629821368172013-08-06T18:25:00.000-07:002013-08-06T18:41:19.521-07:00RESGATAR A RESISTÊNCIA DO PASSADO PARA CONSTRUIR AS LUTAS DO PRESENTE: 45 ANOS DA GREVE DA COBRASMA EM OSASCO!<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">No mês passado lembramos os 45 anos da grande
greve dos operários da Cobrasma, em Osasco, região da Grande São Paulo. Na
ocasião, no dia 16 de julho de 1968, milhares de operários dessa fábrica,
dirigidos pelo então presidente do sindicato dos metalúrgicos de Osasco, José
Ibrahim, resolveram deflagrar uma greve, com ocupação de parte das instalações
da fábrica, contra as sucessivas e arbitrárias intervenções da ditadura nos
sindicatos e também contra a política econômica dos militares que, a partir de
um forte arrocho salarial e níveis insuportáveis de exploração nas linhas de
produção, favorecia diretamente as grandes empresas estrangeiras e arrastava a
classe trabalhadora para níveis de extrema pobreza. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX4aDtvnnRR2Ee3uGqdZ9j8z-Y8fwwXeU4KqSkEmkb9MvXxxF2bWx7QdeW6JdUgo_TxIw2LmU0iFUqYsD_inpsRhuDuu2nFeK-d4ZVCRXkfbi9mbLfw4HZvFfznavQIzQhuenNEoJCKS8/s1600/greve+cobrasma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="377" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX4aDtvnnRR2Ee3uGqdZ9j8z-Y8fwwXeU4KqSkEmkb9MvXxxF2bWx7QdeW6JdUgo_TxIw2LmU0iFUqYsD_inpsRhuDuu2nFeK-d4ZVCRXkfbi9mbLfw4HZvFfznavQIzQhuenNEoJCKS8/s400/greve+cobrasma.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">O golpe cívico-militar de Março de 1964, orquestrado
por setores da burguesia brasileira em estreita colaboração com o imperialismo
norte-americano, havia aberto um período de extrema repressão ao movimento
operário organizado e uma perseguição implacável aos dirigentes sindicais que
minimamente estivessem dispostos a lutar por melhores condições de trabalho.
Tratava-se, para a burguesia e seus agentes militares, naquele momento, de
impedir qualquer mobilização ou questionamento ao modelo econômico que formaria
as bases daquilo que, alguns anos mais tarde, viria a ser conhecido como “milagre
econômico”, um modelo de lucros fabulosos para a burguesia com aumento
vertiginoso da desigualdade social. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">A violência das forças repressivas da Ditadura
era acompanhada por uma política estatal de incentivo ao desenvolvimento de um
tipo de sindicalismo pelego, distante das bases, completamente atrelado aos
patrões e ao Estado cujo objetivo máximo era a garantia da estabilidade
política para a classe dominante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">Em Osasco, entretanto, no ano de <st1:metricconverter productid="1967, a" w:st="on">1967, a</st1:metricconverter> oposição sindical
da categoria dos metalúrgicos conseguiu se organizar e vencer os pelegos
ligados aos militares. Agora, com um sindicato mais combativo, democrático e
atuante, começou a ganhar corpo entre os operários da categoria, sobretudo nos
funcionários da Cobrasma, a idéia de organizar uma greve e uma ocupação da fábrica
contra a política econômica dos militares e o arrocho salarial. Em 1968, ano de
uma importante ofensiva do movimento de massas a nível internacional, os
operários da Cobrasma, influenciados pela greve dos operários do setor
siderúrgico de Contagem/MG ocorrida no mês de Abril desse mesmo ano, iniciaram,
na manhã do dia 16 de julho, a paralisação da produção e ocupação da fábrica. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9KtE87h4xhLnGVO00VtvF4LQDdTsUKO9KYg097jFbe0TeZUSAINYjaXfjPo9xVtQnQKYhyphenhyphenfefEn8Xb3xZztv8T2oLgzF4EukMDSg_YaOIgsgyuCT7jbsca1fFw0Z28xdsNEgj5wr9kN8/s1600/cobrasma+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9KtE87h4xhLnGVO00VtvF4LQDdTsUKO9KYg097jFbe0TeZUSAINYjaXfjPo9xVtQnQKYhyphenhyphenfefEn8Xb3xZztv8T2oLgzF4EukMDSg_YaOIgsgyuCT7jbsca1fFw0Z28xdsNEgj5wr9kN8/s400/cobrasma+2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">A greve foi duramente reprimida. Mesmo com a
forte resistência dos operários, as forças de repressão do governo retomaram a
fábrica e prenderam dezenas de trabalhadores e membros do sindicato. Para a
ditadura militar brasileira era fundamental a repressão contra esses operários
que ousavam desafiar o regime e questionar sua política econômica conservadora.
Entretanto, mesmo derrotada, a luta dos operários de Osasco deixou marcas
profundas na realidade política da época e foi determinante para o surgimento,
uma década depois, de um novo processo de resistência operária contra a
Ditadura, dessa vez na região do ABC paulista e que deu origem, posteriormente,
ao PT e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">Não há a menor dúvida que a luta dos operários
de Osasco em 1968 foi uma das batalhas mais importante da classe operária
brasileira. A greve dos operários da Cobrasma, assim como a greve dos
trabalhadores de Contagem/MG, merece um lugar de destaque na História do país,
pois marcou, sem dúvida, os primeiros passos da resistência contra a Ditadura
brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4nn8k1oGD6F1zoNq3-qCM13BNAH3GAQE2t0aydF0v7HjJ8vgt4njCHrRFFscYzXjrbz0b6NacdI7eQbdkwVa0z4FCN6u2b0X3MN_JwcFo-7Y1x5Bx5VK-QVCbUZ5JchXf9pHe1iHoVMU/s1600/greve+geral+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4nn8k1oGD6F1zoNq3-qCM13BNAH3GAQE2t0aydF0v7HjJ8vgt4njCHrRFFscYzXjrbz0b6NacdI7eQbdkwVa0z4FCN6u2b0X3MN_JwcFo-7Y1x5Bx5VK-QVCbUZ5JchXf9pHe1iHoVMU/s400/greve+geral+1.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">Hoje, 45 anos após a heróica luta dos
operários da Cobrasma, não vivemos mais em um regime ditatorial, mas ainda sim
há muita exploração e assédio nas fábricas e o governo, agora com Dilma e o PT
à frente, mantém uma política econômica que só beneficia os grandes
empresários, o agro-negócio e os banqueiros. A classe trabalhadora brasileira,
cada vez mais, acumula dívidas para poder consumir. Os serviços públicos, como
a saúde e a educação, vivem um verdadeiro caos, enquanto bilhões são investidos
em estádios luxuosos para os turistas ricos que virão para o Brasil durante a
Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. É contra todo esse esquema espúrio e essa
situação precária que milhões saíram às ruas em todo o Brasil durante o mês de
Junho. A classe trabalhadora também é parte ativa desse mesmo processo de luta
e no último dia 11 de julho protagonizou uma forte mobilização nacional com
greves e protestos por todo o país. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">No próximo dia 30 de Agosto a CSP-Conlutas e
demais centrais sindicais estão organizando um novo dia de mobilização. Um dia
para paralisar todas as categorias do país e exigir mais uma vez do governo
menos dinheiro para copa e mais para a saúde e educação, redução da jornada de
trabalho sem diminuição do salário, fim das privatizações, reforma agrária e
outros pontos que interessam a nossa classe. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGUWKfF-QjcHp6DJfmq3GzEATGfeWiyB0GLF7jsOKYEA-4q3r6L8nC5dHNhTvQ3ZrIDrM_ILWdAxxas1nV-9oEYyO0C65eni0viIWJ2pfkj1cc-c10C7tSDbNl9cMN2I1w4u3XFHemaJE/s1600/opini%C3%A3o+socialista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGUWKfF-QjcHp6DJfmq3GzEATGfeWiyB0GLF7jsOKYEA-4q3r6L8nC5dHNhTvQ3ZrIDrM_ILWdAxxas1nV-9oEYyO0C65eni0viIWJ2pfkj1cc-c10C7tSDbNl9cMN2I1w4u3XFHemaJE/s400/opini%C3%A3o+socialista.jpg" width="306" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style"; font-size: 14.0pt;">A classe trabalhadora de Osasco e Região, que
como vimos já protagonizou lutas de importância histórica, está mais uma vez
convocada a entrar em cena e se somar a essa luta. A melhor forma de honrar o
grandioso passado de lutas dos trabalhadores de Osasco é justamente construir a
luta no presente em nossa cidade. Metalúrgicos, operários químicos,
professores, funcionários públicos, profissionais da saúde e do comércio devem
discutir em seus locais de trabalho a proposta de paralisação e exigir dos seus
sindicatos que estejam nessa luta. Com toda certeza, no próximo dia 30 de
agosto, os trabalhadores de Osasco e Região escreverão mais um capítulo da sua
rica história de luta. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-5413185691585592212013-07-13T08:49:00.001-07:002013-07-13T08:50:30.755-07:00TODO APOIO A OCUPAÇÃO DO MOVIMENTO LUTA POPULAR EM OSASCO!<span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">"Hoje, dia 12 de julho, nós, famílias de trabalhadores que tudo construímos com a força de nossos braços, resolvemos construir também os caminhos de nosso destino.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: inherit; font-size: large; line-height: 18px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: inherit; font-size: large; line-height: 18px;">Uma vez mais erguemos - de lona preta e coragem - bem alto o nosso sonho de viver com dignidade.</span></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">
</span><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Em uma área vazia, abandonada há décadas, pertencente à prefeitura municipal de Osasco, iniciamos<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"> a construção de nossas moradias.</span></div>
</span></span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ocupamos sim, porque toda propriedade é um roubo!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ocupamos sim, porque não suportamos mais a humilhação de tirar da boca de nossos filhos para pagar aluguel!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ocupamos sim, porque se os poderosos não se recordam, os faremos lembrar que o poder é do povo!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ocupamos sim, porque faremos renascer as esperanças em meio ao barro, à lama, ao sereno fertilizada por nossa união e nossa força!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Nestes dias de protesto, as quebradas, bairros e favelas segue fermentando o sabor das vitórias arrancadas pela força da luta e é por isso que seguimos em luta, aqui e onde mais houverem trabalhadores a buscar um amanhecer novo de justiça!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Luta Popular em Osasco! Compartilhe! Nos Visite! Nos apóie! Faça com que mais pessoas ouçam nosso grito por um mundo diferente! Sábado, se inda resistirmos à violência que se avizinha, faremos um sarau, as 18 horas. Venha, venha antes, resista com a gente, lute com a gente, cante conosco, traga sua força, sua poesia e seu sonho! Juntos, não estaremos sós, estaremos fortes!</span></div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Luta Popular</span></div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Rua Francisco Morato, altura do numero 350, Parque Bandeirantes - Osasco</span><span style="font-size: x-small;">"</span></div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTYlMHh8LFG4wwsgVTCJzinO98IIJ7dXdMcPk8Xmo8qJItfFzD-2XfBCfDanSD0-arWWNcaAthZ9xrJ-gbj6BFczrnCAe0kZh_mT6BkB0UJnlsaKdVe2uv5NdojIup7wQYwS8Bih2rFXU/s1600/OCUPA%C3%87%C3%83O+LUTA+POPULAR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTYlMHh8LFG4wwsgVTCJzinO98IIJ7dXdMcPk8Xmo8qJItfFzD-2XfBCfDanSD0-arWWNcaAthZ9xrJ-gbj6BFczrnCAe0kZh_mT6BkB0UJnlsaKdVe2uv5NdojIup7wQYwS8Bih2rFXU/s640/OCUPA%C3%87%C3%83O+LUTA+POPULAR.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
</span>Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-75383251452442198892013-07-10T10:30:00.000-07:002013-07-10T10:30:14.885-07:00EM OSASCO TRABALHADORES FARÃO PROTESTO EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA<div style="text-align: justify;">
A nova gestão do Sindicato dos Servidores da Saúde Pública do Município de Osasco - SINSSO - está convocando os profissionais da Saúde e toda a população trabalhadora de Osasco para se manifestarem contra a situação precária da saúde pública de nossa cidade. <br />O SINSSO está realizando panfletagens de seu novo Boletim em hospitais, postos de saúde, maternidades e nas estações de Trem. Segundo os diretores do Sindicato, no Hospital Central, mesmo nas gestões do PT, há vazamentos e faltam até macas e outros materiais básicos para o atendimento. Além disso, os profissionais da saúde de Osasco estão cada vez mais precarizados e com péssimos salários. A nova diretoria do sindicato, eleita com o objetivo de tornar a entidade mais democrática e lutar com toda força pelos direitos da categoria, denuncia em seu Boletim: "João Paulo, que é do PT de Osasco, chefe da quadrilha do mensalão, foi condenado, mas o PT segue na prefeitura... e a Saúde parece não estar entre suas prioridades".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9gMuo3oQuLex5NVdTT_9hj3yzJcwDq7kfIrF_RVokLIydQSMRSsgROucZD67zTwygM3_oWUR3zpdX9saLmJanbUz11nGEfp4s5N5xXFCOGCbrf8gaSh1XmFt0fhBJ1cRntQ_Mt3qILwk/s1600/boletim+sinsso+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9gMuo3oQuLex5NVdTT_9hj3yzJcwDq7kfIrF_RVokLIydQSMRSsgROucZD67zTwygM3_oWUR3zpdX9saLmJanbUz11nGEfp4s5N5xXFCOGCbrf8gaSh1XmFt0fhBJ1cRntQ_Mt3qILwk/s640/boletim+sinsso+1.jpg" width="451" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Os trabalhadores da saúde, juntamente com metalúrgicos, bancários, trabalhadores do comércio e operários do setor Químico irão se encontrar às 7h da manhã no largo de Osasco para realizar uma grande manifestação. O Ato será parte do dia nacional de Luta convocado pela CSP-Conlutas, MST e demais centrais sindicais. Além de mais investimentos na Saúde, os trabalhadores irão reivindicar a redução da jornada de trabalho, mais investimentos na educação e transporte público, contra a privatização do petróleo, contra a terceirização e a precarização do trabalho e por reforma agrária. <br />O SINSSO reforça o chamado para que todos os trabalhadores de Osasco, em especial os funcionários da saúde, participem ativamente da mobilização em defesa de uma saúde realmente pública e de qualidade.<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRy9_yk1-LWOXiR1M0ymRR8YsjZTQeOKcuEpxyTxlJWoDUGHFATfgPV3zQs3-zabrIIUC5vw3_wnVBywyCrADMZRdOM4gjtpb-NwPp2Xpr-OfvDIk8uuua4r6a-gHlIjvtgGja5PbR_xQ/s1600/boletim+sinsso+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRy9_yk1-LWOXiR1M0ymRR8YsjZTQeOKcuEpxyTxlJWoDUGHFATfgPV3zQs3-zabrIIUC5vw3_wnVBywyCrADMZRdOM4gjtpb-NwPp2Xpr-OfvDIk8uuua4r6a-gHlIjvtgGja5PbR_xQ/s640/boletim+sinsso+2.jpg" width="452" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
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Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-39138173818837056412013-07-01T08:20:00.000-07:002013-07-01T08:23:23.847-07:00DEFINITIVAMENTE, HÁ ALGO DE NOVO EM NOSSO PAÍS...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAV9NUWY0-V9lcgodqSfVYgTrL2Mau8d0L7alHjA1Oi3ukgyhkAhx9MLK7vHxRHbSmd2v_Oer8iqAWkEb3N1ySuuaF49OqXVQ3OJ-Q-XUB6mgPjTrUSdD4YfMrSYevbiwyO7WqmoWfE7c/s640/trem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAV9NUWY0-V9lcgodqSfVYgTrL2Mau8d0L7alHjA1Oi3ukgyhkAhx9MLK7vHxRHbSmd2v_Oer8iqAWkEb3N1ySuuaF49OqXVQ3OJ-Q-XUB6mgPjTrUSdD4YfMrSYevbiwyO7WqmoWfE7c/s400/trem.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O cenário é o vagão do trem que parte da estação Itapevi. Centenas de milhares de trabalhadores passam todos os dias por ali. Saem bem cedo dos bairros periféricos e cidades dormitórios para seus respectivos trabalhos em Barueri, Osasco e São Paulo. O Trem balança um pouco e o povo se espreme e se empurra. As pessoas são transportadas como gado. Não há o ferro quente do estábulo, mas é perceptível que o trabalho pesado diário e ininterrupto marca suas peles.</div>
<div style="text-align: justify;">
O relógio marcava oito e meia. Uma senhora, com "o rosto abatido pela vida dura", aparentando uns 70 anos, pergunta a outro senhor, "com o rosto humilde e a pele escura", se aproximávamos da estação de Carapicuíba. Ela explicava, em meio a uma respiração ofegante, que estava atrasada. Precisava chegar 9:30 no "sanatório" desta cidade para buscar alguns remédios. Mas o trem ia lento e cada vez mais se transbordava de pessoas. Não havia mais lugares disponíveis. Suas pernas, então, tinham que aguentar mais alguns minutos em pé. Lá fora os patrões, executivos e altos gerentes também vão para as empresas... em seus carros luxuosos, espaçosos e com aquecedores para amenizar a neblina fria que cobre a região da grande São Paulo. Sim, o mundo é bem diferente "da ponte pra cá".</div>
<div style="text-align: justify;">
No trem alguns aproveitam os minutos que restam antes da chegada para cochilar, outros falam do jogo da seleção brasileira. Tudo parecia como mais uma segunda-feira comum em um vagão comum. Então, como se não conseguisse mais aguentar sua angústia, aquela senhora vira-se para o seu novo colega de trem e diz, com um voz serena, mas ao mesmo tempo ameaçadora: "Sou a favor dos protestos. O governo nos trata como cachorro. Os hospitais estão caindo aos pedaços!" O senhor concordou com um aceno com a cabeça. Com certeza aquela senhora, cujos longos anos da vida provavelmente foram dedicados ao trabalho e ao sustento da família, não era favorável aos atos de depredação e violência gratuita. Todavia, como que tentando formular uma política, ainda que na linguagem simples do povo, contra os setores da direita que tentam dividir o movimento entre "manifestantes patriotas e pacíficos" contra os "Vândalos" ela completa: "E não adianta só ficar andando na rua não. Falam que os manifestantes são vândalos, mas se não ir pra cima e lutar forte igual eles fazem o governo não faz nada não. Nem ouve agente." O senhor, olhando aquela verdadeira "tribuno do povo", mais uma vez concordava.<br />
Essa senhora, anônima, cujo nome jamais saberemos e que, provavelmente, não voltaremos a ver, era um exemplo vivo, de carne e osso, que os altos índices de popularidade que o governo detinha até então, alimentados por alguns tímidos programas sociais, não significava uma carta em branco do povo para a precarização da saúde, da educação, para a falta de moradia, a não realização da reforma agrária e tantos outros prejuízos e ataques que os governos de turno, petistas e tucanos, tem levado a frente em nosso país. Esta senhora parecia já estar farta dos ataques tucanos, mas também sabia que a estrela de outrora já não brilhava. A solução parecia claro, sobretudo após a conquista da redução da tarifa: Ir às ruas! Nos mantermos nas ruas!</div>
<div style="text-align: justify;">
Trabalhadores, pobres, jovens indignados, pessoas simples como essa senhora anônima, estão convidados a se somarem, no dia 11 de Julho, ao Dia Nacional de Luta convocado pela CSP-Conlutas, MST e outras centrais sindicais e movimentos populares. É um dia de atos nas ruas, mas também de greves e paralisações, pois "não basta apenas ficar andando". É preciso unidade e um programa operário e popular que combata os patrões e esse governo que, nas sábias palavras daquela senhora, "nos trata como cachorros". </div>
<div style="text-align: justify;">
A "esquerda" reformista (as aspas nesse caso são fundamentais), que hoje governa o país com a burguesia, com seus militantes já acostumados aos gabinetes confortáveis e luxuosos das Câmaras de vereadores, das Assembleias legislativas, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto patina, engana, se contorce e vocifera uma bravata de "Golpe contra o governo". Soluções concretas para os problemas do povo trabalhador, nenhuma. Esses senhores ainda não perceberam que, definitivamente, há algo de novo em nosso país... </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-14632041728088035582013-06-28T05:52:00.000-07:002013-06-28T06:03:13.209-07:00DIA NACIONAL DE DE LUTA: ACOMPANHE COMO FORAM AS MOBILIZAÇÕES EM TODO PAÍS<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Dia Nacional de Lutas, convocado pela CSP-Conlutas e o Espaço de Unidade de Ação, que ocorreu nesta quinta-feira, 27 de junho, em diversos estados do país, foi um importante passo para incorporar a classe trabalhadora organizada nas mobilizações populares que sacodem o país. Com greves, paralisações, assembleias e mobilizações de ruas, as organizações dos trabalhadores entraram em cena com suas bandeiras e reivindicações.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSys0bBV-HQ1vFyzFZZzrv7mpe8hmXe8RqiEE53kEqXeWvwIfvesOIHjWY4mp2024r1rkJeZhQr6drVj6TVyhbKwzkgc54PmTnMGcD5vUviYVnAcUKoc96lnalZeTZl04gR5VdryvLntM/s470/27+de+junho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSys0bBV-HQ1vFyzFZZzrv7mpe8hmXe8RqiEE53kEqXeWvwIfvesOIHjWY4mp2024r1rkJeZhQr6drVj6TVyhbKwzkgc54PmTnMGcD5vUviYVnAcUKoc96lnalZeTZl04gR5VdryvLntM/s640/27+de+junho.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">SP</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">Já era bem cedo, por volta das 6h da manhã, quando a população foi recebida pelos metroviários de São Paulo, nas estações de metrô, com uma carta aberta do sindicato. O material distribuído apontava a vitória das mobilizações de rua que arrancou do governo e da prefeitura de São Paulo, assim como em outras cidades do Brasil, a revogação do aumento das tarifas. A carta destacava ainda a importância de dar continuidade às mobilizações para acabar com o sufoco dos transportes públicos lotados e de péssima qualidade.</span></span></div>
<br />
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O Dia Nacional de Lutas também ocupou a periferia da cidade. Na periferia da zona sul da cidade, no Capão Redondo, em frente à estação de metrô, a mobilização contou com a participação de professores, metroviários, militantes do movimento Luta Popular, estudantes e lideranças da região. A mobilização reivindicou melhorias no bairro, como a construção de um Hospital na região, a extensão do Metrô até o Jardim Ângela; garantia de moradia a todas as famílias do Córrego dos Freitas e a defesa de todas as ocupações Culturais da região.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Ainda na capital paulista, a reitoria da Unesp foi ocupada durante protesto convocado pelo Fórum das Seis, que reúne entidades representativas de funcionários, professores e estudantes da USP, Unicamp e Unesp. O movimento reivindica ”democracia e isonomia” nas universidades estaduais paulistas.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em São José dos Campos, Caçapava e Jacareí, interior de São Paulo, os metalúrgicos atrasaram a produção em mais de 8 fábricas. Na General Motors, a paralisação durou 1 hora. Assembleias realizadas nas fábricas aprovaram ainda a participação da categoria na paralisação nacional do dia 11 de julho, convocada pelas centrais sindicais. Os metalúrgicos participaram ainda da manifestação no centro de São José dos Campos que se iniciou no final da tarde.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijl0Gazo96pLf2PWl5jsnBY2LpLidWSPi5_FSesdOPxtD1d52eNFagQGlquZ7X8-sbmH1Trf6nUnTOFQCzeQwXO85ucL3-blr2kzhXchb82Acm4M7APqt1w69F2hH1bUebrXSp-wfBVSM/s622/METALURGICOS.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="435" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijl0Gazo96pLf2PWl5jsnBY2LpLidWSPi5_FSesdOPxtD1d52eNFagQGlquZ7X8-sbmH1Trf6nUnTOFQCzeQwXO85ucL3-blr2kzhXchb82Acm4M7APqt1w69F2hH1bUebrXSp-wfBVSM/s640/METALURGICOS.png" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Na Baixada Santista, petroleiros da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão fizeram uma paralisação de mais de uma hora na entrada do turno e do regime administrativo. O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, durante a mobilização, defendeu a luta contra os leilões do petróleo e por uma Petrobras 100% Estatal. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">RJ</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.199999809265137px;">No Rio de Janeiro, uma manifestação de rua ocorre no início desta noite e já reúne milhares.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">PA</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.199999809265137px;">A quase 3 mil quilômetros de distância das mobilizações em São Paulo, mais de 2 mil operários da construção civil de Belém ocuparam as ruas da cidade em uma passeata que terminou na prefeitura da cidade. Diversas obras foram paralisadas. Os operários, organizados pelo sindicato da Construção Civil de Belém e apoiados pelo vereador do PSTU Cleber Rabelo, levaram sua pauta de reivindicação ao prefeito. Uma comissão de trabalhadores, junto com o vereador, foi recebida pela prefeitura. Passe livre para estudantes e desempregados, percentual mínimo de 25% de investimento para saúde pública de Belém, construção de casas populares para os operários, fim do Vale Digital e volta do vale transporte em papel, saneamento básico nos bairros populares foram algumas das reivindicações apresentadas.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">CE</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.199999809265137px;">Em Fortaleza, onde ocorre a semi-final da Copa das Confederações, mais de 20 mil pessoas participam de manifestação no entorno da Arena Castelão. De acordo com dirigentes da CSP-Conlutas, o ato enfrenta muita repressão por parte da Força Nacional de Segurança. De acordo com ele, cinco helicópteros sobrevoam os manifestantes e um forte aparato policial cerca o estádio. A polícia já utilizou bombas de gás e balas de borracha contra os manifestantes e o momento é de tensão na região.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">SE</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.199999809265137px;">Ainda no Nordeste, a cidade de Aracaju foi também palco de mobilizações. O Dia Nacional de Luta começou com paralisação de 2 horas dos petroleiros no Edifício Sede, paralisação de 24h dos professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e paralisação dos rodoviários. No final da tarde, ocorre uma manifestação contra o aumento da passagem.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">RN</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.199999809265137px;">Em Natal, pela manhã, estudantes e servidores da saúde protestaram por qualidade nos serviços públicos. "Saúde é o que interessa, pra Copa não tem pressa!", cantavam os manifestantes. A mobilização contou com a presença e o apoio da Vereadora Amanda Gurgel.</span><br />
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.199999809265137px;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7qIqkspH0BKnf7A3buLTI-IzARKctjp-IBXU0YBZlkZnDdoi459knEXQYspnYXw-CsgtO32mEbAULQwAvXkchaZpmjq4gYVe0dja2zJOqLrLSgDkN4Q4kFbzJKbNIwouBnFoDezWwQUQ/s800/rio+grande+do+norte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7qIqkspH0BKnf7A3buLTI-IzARKctjp-IBXU0YBZlkZnDdoi459knEXQYspnYXw-CsgtO32mEbAULQwAvXkchaZpmjq4gYVe0dja2zJOqLrLSgDkN4Q4kFbzJKbNIwouBnFoDezWwQUQ/s400/rio+grande+do+norte.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.199999809265137px;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">Rumo ao 11 de julho</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.199999809265137px;">A convocação da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação foi uma primeira iniciativa no sentido de envolver a classe trabalhadora, suas organizações e seus métodos, nas mobilizações populares que ocorrem no país há duas semanas. A necessidade do momento é generalizar iniciativas para por os trabalhadores em luta, organizar uma greve geral que possa obrigar o governo Dilma, os governos dos estados e dos municípios a atender as reivindicações dos trabalhadores e da juventude.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 15.199999809265137px;">Uma nova iniciativa já está agendada para o dia 11 de julho. A CSP-Conlutas, junto com a CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB, NCST, e MST, convocam um o Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações</span><em style="line-height: 15.199999809265137px;"> “Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores”.</em><span style="line-height: 15.199999809265137px;"> A pauta de reivindicações consensual é redução das tarifas e melhoria da qualidade do transporte coletivo, mais investimentos em saúde e educação públicas, contra os leilões das reservas de petróleo e em defesa do patrimônio público, fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias, redução da jornada de trabalho e contra o PL 4330 (que regulamenta a terceirização), reforma agrária.</span></span></div>
<br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.800000190734863px;">Notícia retirada do Portal do PSTU (www.pstu.org.br)</span>Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-89049471928612547262013-06-27T10:55:00.001-07:002013-06-27T10:55:38.334-07:00METALÚRGICOS PARAM PRODUÇÃO E APROVAM GREVE GERAL NO DIA 11 DE JULHO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKw6ZrAdXg1kcquNKvIiBIo83xyPjNXjfajEIDJzRccteEcao3rd2VJeQQ93LGutbqC9VVDgQ0VZtUCt5Nn_iamTUoUxbpzJYMkVR9PXz7X_wqSlP7Ei9GdxlxqbwCpbGmw3oxxeptCgU/s622/METALURGICOS.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKw6ZrAdXg1kcquNKvIiBIo83xyPjNXjfajEIDJzRccteEcao3rd2VJeQQ93LGutbqC9VVDgQ0VZtUCt5Nn_iamTUoUxbpzJYMkVR9PXz7X_wqSlP7Ei9GdxlxqbwCpbGmw3oxxeptCgU/s320/METALURGICOS.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: inherit;">Metalúrgicos de São José dos Campos e Jacareí aprovaram, em assembleia, participação na greve geral que vai parar o país no dia 11 de julho. Houve atraso na produção em oito fábricas, incluindo a General Motors. As assembleias desta quinta-feira, dia 27, fazem parte do Dia Nacional de Luta, convocado pela CSP-Conlutas.<br /><br />LEIAM A NOTA COMPLETA EM: </span></span><a href="http://www.pstu.org.br/node/19512">http://www.pstu.org.br/node/19512</a><br /><br /></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-21481413942753354872013-06-27T10:15:00.000-07:002013-06-27T10:15:28.160-07:00REITORIA DA UNESP OCUPADA! TODO APOIA A LUTA DOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA UNESP!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvUdCzTYZdoOcsE0vFY90dO7eq_xIDpTKwm6M5QlRSutFQY4hDHHL2UfHw9mGQipLHSishuBr8B5WSg1C6IY6-Pwzk6hqGvgM1ThO4j1VdbkQO6Q1M3-CpP_yyM6dWCY_Uj9G9zWjxOoU/s717/68566_646241808726356_1606348123_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvUdCzTYZdoOcsE0vFY90dO7eq_xIDpTKwm6M5QlRSutFQY4hDHHL2UfHw9mGQipLHSishuBr8B5WSg1C6IY6-Pwzk6hqGvgM1ThO4j1VdbkQO6Q1M3-CpP_yyM6dWCY_Uj9G9zWjxOoU/s320/68566_646241808726356_1606348123_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Centenas de estudantes de diversos campi da UNESP ocuparam o prédio da Reitoria da Unesp nessa manhã da Quinta-Feira (27/06) para exigir mais políticas de permanência estudantil (Moradia, restaurante universitário e bolsas socieconômicas), melhorias emergenciais nos campus experimentais e em repúdio ao PIMESP. Os estudantes também denunciam a política repressiva da Reitoria e das diretorias, pois processos administrativos e sindicâncias têm se tornado constantes contra os membros do movimento estudantil. </div>
<div style="text-align: justify;">
A Reitoria da UNESP até agora tem se mostrada extremamente intransigente. Algumas unidades da Unesp estão há mais de 3 meses em greve e com suas respectivas diretorias ocupadas, mas a Reitoria e o governo estadual do PSDB não têm mostrado nenhuma disposição em atender a pauta dos estudantes, além de fazer constantes ameaças. </div>
<div style="text-align: justify;">
Os estudantes seguem ocupados e exigindo negociação com a Reitoria. A luta dos unespianos é uma luta de todos que defendem uma universidade pública, gratuita, de qualidade e para todos. O Blog "Adeus ao Capital" apóia a luta e a ocupação dos estudantes da UNESP. É hora do movimento estudantil se levantar!</div>
<div style="text-align: justify;">
Também vale lembrar que o ato e a ocupação da reitoria da Unesp coincidem com a jornada de mobilização, paralisações e atos convocado pela CSP-Conlutas e outras entidades que esta acontecendo hoje, 27 de Junho, em todo o país. A jornada, por sua vez, servirá de preparação para construir uma grande greve geral no país no dia 11 de Julho. É necessário unificar as lutas da juventude com a classe trabalhadora!<br />
<br />
</div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-30357485806630431592013-06-26T10:27:00.001-07:002013-06-26T10:30:05.549-07:00COLETIVO "QUÍMICOS NA LUTA" REALIZA PANFLETAGEM NAS FÁBRICAS CHAMANDO TRABALHADORES DA CATEGORIA A SE MOBILIZAREM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0kGY1CskDgtEbmVqU_6KU9nJrtLE0_JMtShp3qp7vaRNNqnbmYiqZQCuAz6YwJS0SXty-av1O5mo52toKmUwsrLjd-_A3grFmqt1MwLuX_4-jLsMeEAKs9S6Kf_djngFM1boVlKRK8OE/s1600/mobiliza%C3%A7%C3%A3o+dia+27.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="451" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0kGY1CskDgtEbmVqU_6KU9nJrtLE0_JMtShp3qp7vaRNNqnbmYiqZQCuAz6YwJS0SXty-av1O5mo52toKmUwsrLjd-_A3grFmqt1MwLuX_4-jLsMeEAKs9S6Kf_djngFM1boVlKRK8OE/s640/mobiliza%C3%A7%C3%A3o+dia+27.png" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nessa Segunda e Terça-feira (25 e 26 de Junho) o coletivo "Químicos na Luta", grupo formado por diretores do setor minoritário do Sindicato dos Químicos Unificados e por operários da base da categoria, realizou uma panfletagem de seu novo Boletim nas principais fábricas do Setor Químico da região de Osasco, Barueri, Jandira e região. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Conversando frente a frente com os operários da categoria, o Coletivo "Químicos na Luta" convocou os trabalhadores a levarem o clima de luta e vitória contra o aumento das passagens para dentro das Fábricas! Segundo explica o Boletim: "OS PROTESTOS TEM QUE CONTINUAR PORQUE NÃO BASTA BAIXAR A TARIFA, OS SALÁRIOS DEVEM AUMENTAR!" </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Segundo os trabalhadores do coletivo, há muito assédio moral nas fábricas, além dos baixos salários e da precarização do trabalho. Por isso, os trabalhadores devem "levar para a fábrica o clima de luta e vitória das ruas" para combater os abusos da patronal do setor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A panfletagem nas fábricas realizada pelo coletivo "Químicos na Luta" é parte da construção do dia nacional de mobilizações que a Central Sindical e Popular-Conlutas está convocando para amanhã (27 de Junho). Esta, por sua vez, servirá como preparação para construir a greve geral do dia 11 de julho que a CSP-Conlutas e demais centrais sindicais estão convocando.<br /><br /></span><br />
<span style="font-size: large;">BLOG "ADEUS AO CAPITAL" </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-31436684312647421022013-06-24T12:19:00.003-07:002013-06-24T12:20:42.987-07:00Entidades sindicais e do movimento social convocam dia nacional de luta para quinta-feira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHZoSQbo9swAEU7X_WFTFsLb-5dlFWVtxFl3aQIfhyphenhyphenhigKLFfJPxErRg-Q-xJAIMlHSq1-qlPwetjmNxZey8bvS7_6wPMyT2unfjUkohZ7lQ6OF9b-Y78wIfA84nqDEWPPEC6jr66Mx_8/s1600/mobiliza%C3%A7%C3%A3o+dia+27.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHZoSQbo9swAEU7X_WFTFsLb-5dlFWVtxFl3aQIfhyphenhyphenhigKLFfJPxErRg-Q-xJAIMlHSq1-qlPwetjmNxZey8bvS7_6wPMyT2unfjUkohZ7lQ6OF9b-Y78wIfA84nqDEWPPEC6jr66Mx_8/s400/mobiliza%C3%A7%C3%A3o+dia+27.png" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vivemos um momento muito importante em nosso país. A juventude brasileira deu o exemplo e foi às ruas protestar contra o preço e a qualidade do transporte coletivo nas grandes cidades. Desencadeou com isso um amplo processo de mobilização popular que sacudiu o Brasil nos últimos dias, em protesto contra todas as mazelas que tem afligido a vida dos trabalhadores, trabalhadoras e da juventude.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Todo este processo de mobilização já conquistou vitórias importantes, como a redução do preço das tarifas em várias cidades, incluindo as maiores do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, a luta deve continuar, precisamos transformar esta vitória na primeira de uma série de muitas outras. Só desta forma poderemos transformar para melhor o nosso país e a vida dos trabalhadores brasileiros.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para isso é muito importante, além da participação nas mobilizações que estão acontecendo, que a classe trabalhadora entre de forma organizada nesta luta, trazendo suas reivindicações e cobrando dos governos o seu atendimento. Precisamos cobrar do governo Dilma que, ao invés de ficar fazendo propaganda na TV, atenda as demandas dos trabalhadores. E a mesma cobrança devemos fazer aos governos estaduais e municipais, sejam eles do PT, do PSDB ou do PMDB.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">São estes governos, do federal aos municipais, os responsáveis pela situação em que se encontra o país e vida do nosso povo. Eles tem muita agilidade e disposição política quando é para atender aos interesses das empreiteiras, dos bancos, das indústrias e do Agronegócio. Mas quando se trata de atender às nossas demandas parecem uma lesma paralítica!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por esta razão a CSP-Conlutas, e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, decidiram convocar seus sindicatos, movimentos populares e organizações estudantis, a organizarem uma dia de lutas em todos o país, no dia 27 de junho. A orientação é fazer greves, paralisações e manifestações de rua, aquilo que for mais adequado à situação concreta de cada categoria, cidade ou região. O que é fundamental é que, por todo o país hajam manifestações dos trabalhadores cobrando o atendimento de suas reivindicações.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Acreditamos que esta iniciativa da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação deve ser só uma primeira iniciativa, assim como fez também o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que paralisou fábricas dias atrás para exigir melhoria e redução do preço do transporte coletivo. A necessidade do momento é generalizar iniciativas para por nossa classe em luta, organizar uma greve geral que possa obrigar o governo Dilma, os governos dos estados e dos municípios a atender as demandas dos trabalhadores e da juventude.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para isso é preciso que as centrais sindicais majoritárias no país se disponham a lutar contra o governo, pois são eles os responsáveis por toda esta situação e é destes governos que precisamos cobrar as mudanças e o atendimento das nossas reivindicações. Só dessa forma seria possível unir nossas forças para colocarmos a classe trabalhadora na direção de todos este processo de lutas e fazer dele uma força que mude para melhor o Brasil. É com essa compreensão que a CSP-Conlutas e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, ao mesmo tempo que convocam o Dia Nacional de Lutas para 27 de junho, mantem a discussão com as demais centrais sindicais, propondo a convocação conjunta de uma jornada de lutas muito mais ampla, em base a uma pauta que possa ser comum.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nossas reivindicações:</span></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Menos recursos para a Copa e para as grandes obras / mais recursos para a saúde educação / plano de obras para construir moradias populares, hospitais e escolas /</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Redução do preço da tarifa de transporte e melhoria da qualidade / implantação da tarifa social ou tarifa zero / estatização dos transportes coletivos;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas públicas;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Aumento dos salários para compensar a inflação;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Reforma agrária;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Menos dinheiro para os bancos e mais recursos para políticas sociais como os 10% do PIB para a educação pública, já e pagamento do piso nacional dos educadores / Suspender o superávit primário e o pagamento da dívida externa e interna para bancos e especuladores;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Redução da jornada de trabalho;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Fim do fator previdenciário / Recomposição do valor das aposentadorias / Anulação da reforma da previdência de 2003;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Defesa do patrimônio público / Contra as privatizações e os leilões do petróleo / Contra o PL 092 que privatiza o serviço público / Revogação da EBSERH que privatiza os hospitais;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Contra a precarização do trabalho e o PL 4330, das terceirizações;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Contra a corrupção / contra a PEC 37;</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Contra a repressão, a violência policial e a criminalização das lutas e organizações dos trabalhadores.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Trata-se aqui de uma plataforma base, que pode ser acrescida de demandas que estejam faltando, ou mesmo ser utilizada de forma parcial, de modo a focar nas questões concretas de cada categoria ou setor social.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #3b3b3b; line-height: 15.199999809265137px; margin-bottom: 1.2em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="line-height: 15.199999809265137px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Organização das lutas</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 15.199999809265137px;">Por outro lado, é preciso organizar a luta em cada estado e região. É muito importante que as entidades busquem construir, a exemplo do que vem sendo feito do Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, uma coordenação (coordenação, comitê, assembleia, a forma não importa, importa o conteúdo) para as lutas que estão em curso, envolvendo todas as entidades e organizações que queiram lutar. A disposição de luta é fundamental, mas sem organização não iremos longe.</span></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-28200460993939583462013-04-30T10:51:00.000-07:002013-04-30T10:51:19.500-07:00TODO APOIO À LUTA DOS ESTUDANTES DA UNESP DE OURINHOS, MARÍLIA E ASSIS.<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: Garamond;">Os estudantes da Unesp de Ourinhos, Marília e Assis estão
em greve! A direção da Unesp Marília está ocupada! Em massivas assembleias esses
estudantes resolveram tomar medidas de luta diante da política elitista e
excludente da Reitoria e do Governo de São Paulo. Isso por que em algumas
unidades da Unesp, onde já há uma carência de políticas de permanência estudantil,
a reitoria, em recente medida, diminuiu drasticamente o número de bolsas para
os estudantes pobres. O governo estadual, a reitoria e as burocracias acadêmicas
locais, que se sustentam a partir de um regime extremamente antidemocrático, dão
mais uma amostra de que não querem os pobres, negros e trabalhadores dentro da
universidade. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5QrGW5gRx36YYcplAH97OL7-BgayntDEZhukOoM2EMDDykPYAWdiZiQ_KWelxygpLh3-ctAnk7WA8buyWTKh3FIkdOkCLJ2XZrHHz49I2SYdRck6xqh8vG8eU2TLaN9ER1HVtcGTDSQw/s1600/404704_449027348516132_1675003942_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5QrGW5gRx36YYcplAH97OL7-BgayntDEZhukOoM2EMDDykPYAWdiZiQ_KWelxygpLh3-ctAnk7WA8buyWTKh3FIkdOkCLJ2XZrHHz49I2SYdRck6xqh8vG8eU2TLaN9ER1HVtcGTDSQw/s320/404704_449027348516132_1675003942_n.jpg" width="320" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">E tudo isso numa conjuntura onde os tucanos tentam
aprovar o PIMESP, o programa de “inclusão” na universidade pública idealizado
pelo governo do PSDB. Na realidade, tal programa, recheado de ataques e concepções
preconceituosas, expressa o ódio de Alckmin e do PSDB aos pobres. São tímidas
medidas meritocráticas que não garantirão que negros e pobres entrem na
universidade. Esse pacote de medidas, que combina precarização e “mercantilização”
do ensino e exclusão social na forma de acesso nas universidades, é o projeto
de educação tucana. Entretanto, é importante ressaltar, o governo do PT também
aplica, a nível federal, esses mesmos ataques. O governo Dilma faz muita
propaganda de suas medidas, como as cotas nas universidades federais, mas uma
analise mais atenta mostra que através de medidas como PROUNI e REUNI o governo
federal também aplicou duras medidas de ataque ao ensino público. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">Os estudantes das unidades que citamos deram um basta a
esses ataques e resolveram partir para a luta. Estão chamando o conjunto do
movimento estudantil da UNESP e do estado de São Paulo a também se organizar e
mobilizar. A luta dos estudantes da Unesp de Marília, Ourinhos e Assis é
legitima, pois está diretamente conectada com a luta por um ensino público,
gratuito, de qualidade e para todos. Os estudantes merecem o apoio de todas as
entidades estudantis, sindicais, populares e sociais de todo o país. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTcRgOyO45I469MHBdwxy0kByZcBNzsEBv5vHlXmEKT4BDd59OBS0_2pEGAQcNBiCcsgXTun5oQOB_99dz7lJtAiB6kVRif7hetHrz9tXTaGJkFFCUfpxH-LUO_9K6Ikn3EQcK18x72YE/s1600/68566_646241808726356_1606348123_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTcRgOyO45I469MHBdwxy0kByZcBNzsEBv5vHlXmEKT4BDd59OBS0_2pEGAQcNBiCcsgXTun5oQOB_99dz7lJtAiB6kVRif7hetHrz9tXTaGJkFFCUfpxH-LUO_9K6Ikn3EQcK18x72YE/s320/68566_646241808726356_1606348123_n.jpg" width="320" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">O Blog “Adeus ao Capital” apóia a luta dos estudantes de
Ourinhos, Assis e Marília. Expressamos nossa solidariedade à luta dos
companheiros. Nosso Blog, como espaço de debate e divulgação da luta dos
explorados, abre suas páginas para os estudantes em Luta. Achamos, assim como
os companheiros, que é fundamental a construção de um grande Conselho de
Entidades, nos dias 04 e 05 de maio em Ourinhos, que consiga expandir a luta
para outras unidades, aprofundar o debate em cada sala de aula, ganhar o apoio
da população trabalhadora e coordenar nossas ações de luta.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">TODO APOIO A GREVE NA UNESP DE MARÍLIA, OURINHOS E ASSIS!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">BLOG “ADEUS AO
CAPITAL”</span><span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-72870331412426391302013-04-23T07:59:00.000-07:002013-04-23T07:59:18.682-07:00ONTEM, FOI REALIZADA UMA OFICINA PARA DISCUTIR A MARCHA A BRASÍLIA.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">Ontem, 22/04/2013, o Centro Acadêmico de Serviço Social (CASS) da UNESP Franca realizou a oficina "Direitos da classe trabalhadora em debate: a Construção da Marcha à Brasília". A oficina tinha como objetivo, a partir da avaliação da conjuntura internacional e nacional, discutir os motivos e as reivindicações da Marcha a Brasília que ocorrerá no dia 24/04 (Quarta). A Marcha é uma iniciativa da CSP-Conlutas e está sendo convocada por vários sindicatos, movimentos sociais e populares. O Conselho Federal do Serviço Social também está apoiando e convocando a Marcha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"> A principal reivindicação da Marcha será a luta contra o Acordo Coletivo Especial (ACE), um projeto de lei da direção da CUT e do governo federal que abre as portas para retirar direitos históricos da classe trabalhadora brasileira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">Na oficina, discutimos que, com a crise econômica internacional que atinge principalmente os EUA e as economias da Zona do Euro, a patronal e o governo brasileiro lançam medidas para se preparar quando a crise atingir nosso país de maneira mais forte. Essas medidas são, na realidade, ataques aos direitos históricos da classe trabalhadora, com o objetivo de "reduzir" o "custo" da mão de obra. O raciocínio da patronal é simples: para preservar seus altos lucros devem acabar com os já poucos direitos trabalhistas. O objetivo final é eliminar os principais direitos sociais e realizar um verdadeiro desmonte de todo o sistema protetivo. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiLd0o6L8yzvelnF3b-z-PEx6DQpzQ2HGJHV0b8-Dw7_5QpMYud5RLjJ5HH_au2KzLskHLTsv3hlSKbUCaBU_Zq-SCtKxWStd-OtOjdORymcFBkQNABvbouqYvvSPdordgD6teQLutoEg/s1600/oficina+cass.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiLd0o6L8yzvelnF3b-z-PEx6DQpzQ2HGJHV0b8-Dw7_5QpMYud5RLjJ5HH_au2KzLskHLTsv3hlSKbUCaBU_Zq-SCtKxWStd-OtOjdORymcFBkQNABvbouqYvvSPdordgD6teQLutoEg/s320/oficina+cass.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">A Marcha em Brasília, que contará com a presença de movimentos que lutam pela terra (MST, MTL), também terá como reivindicação a luta pela reforma agrária e contra o latifúndio. Também em estarão em Brasília o Quilombo Raça e Classe e o movimento Luta Popular para denunciar as remoções de comunidades e favelas, a violência ao povo pobre e negro e reivindicar moradia de qualidade para todos. Infelizmente, alguns setores críticos a Marcha, como os companheiros da LER-QI, não compareceram a oficina para expor sua opinião. Os companheiros chegaram a fazer algumas críticas nas redes sociais sobre a maneira como a marcha estava sendo construída, mas curiosamente quando há a discussão não participam. De todo modo, a Oficina foi uma ótima iniciativa que ajudou a entender os objetivos e a pauta de reivindicação da Marcha. Mais de 20 pessoas viajarão de Franca à Brasília para ajudar a construir uma grande Marcha que mostrará ao governo e a patronal a força do movimento operário, popular e estudantil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">Blog Adeus ao Capital</span></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-88243714299774801602013-04-17T19:20:00.001-07:002013-04-17T19:21:38.020-07:00CARTA PÚBLICA DE RUPTURA COM A LER-QI<span style="font-size: x-large;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Venho através desta carta comunicar ao conjunto dos
ativistas estudantis, sindicais e populares o meu desligamento da Liga
Estratégia Revolucionária – Quarta Internacional (LER-QI). Durante os últimos
seis anos militei nas fileiras da LER-QI e, atuando no movimento estudantil e
operário, estive empenhado na tarefa de contribuir na construção de um partido
revolucionário no Brasil, instrumento histórico fundamental na luta dos
explorados e oprimidos contra os exploradores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Entretanto, nos últimos sete meses venho acumulando
importantes diferenças políticas e estratégicas com a LER-QI. Lamentavelmente,
a direção dessa organização vem apostando num curso cada vez mais sectário. O
sectarismo é uma degeneração e historicamente cumpriu um papel nefasto levando
o proletariado a inúmeras derrotas. Esse sectarismo da LER-QI fica evidente
quando analisamos a política desse grupo em dois aspectos fundamentais da
política nacional. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Em primeiro lugar, a completa omissão do grupo diante das
direções do movimento de massas, em especial ao MST. Há muito tempo a LER-QI
deixou de apoiar esse movimento contra os ataques da direita e do latifúndio e,
por outro lado, também passou a se silenciar diante dos erros e capitulações da
coordenação do MST. Ou seja, a LER-QI simplesmente passou a ignorar esse
importante “ator” social. Essa omissão consciente se arrasta a todos os outros
movimentos sociais e populares, como o MTST e outros. Desse modo, a LER-QI
passou a atuar apenas conforme os seus próprios esquemas políticos, desprezando
a complexidade, similaridades e diferenças desses movimentos. O teórico e revolucionário Leon Trotsky, em
1938, já alertava que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: ivory; font-family: Garamond; font-size: x-large;">“Os sectários só são capazes
de distinguir duas cores: o branco e o preto. Para não se expor à tentação,
simplificam a realidade”.<a href="file:///C:/Users/Rafael/Documents/carta%20ruptura.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: ivory; font-family: Garamond; font-size: x-large;">O segundo aspecto que
demonstra o sectarismo da direção da LER-QI é que, se por um lado se silenciam
diante dos movimentos sociais e da questão agrária, por outro, se concentram em
críticas desproporcionais, e muitas vezes descabidas, aos principais processos
de reorganização do movimento sindical e estudantil. Para os dirigentes da LER-QI
a CSP-CONLUTAS e a ANEL, entidades que estão à frente das principais
mobilizações operárias e estudantis do país, são seus principais adversários. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: ivory; font-family: Garamond; font-size: x-large;">Essas posições não são
apenas debates teóricos abstratos, pelo contrário, tem implicações práticas na
política. Isso é o que explica por que a LER-QI até agora não se posicionou a
respeito da realização da Marcha a Brasília que está sendo convocada pela
CONLUTAS, ANEL ANDES, FERAESP, MST e outros movimentos. Ao invés de participar
e construir esse importante processo de luta e resistência contra os ataques do
Governo Dilma a LER-QI prefere deslegitimar esses legítimos espaços de luta
pelas redes sociais. Outro exemplo surpreendente se deu em relação a heróica
greve dos operários das obras da usina de Belo Monte. Abandonados por seu
sindicato, ligado a Força Sindical, os operários iniciaram um movimento
grevista que contou com o apoio e suporte da CONLUTAS desde seu primeiro dia. Esse
apoio, com advogados, ativistas e atos, é perceptível através de um simples
acesso a página dessa Central sindical. Mesmo assim, a direção da LER-QI, uma
semana depois do início da greve (!), soltou uma nota sobre a greve exigindo
que a CONLUTAS organizasse uma campanha. Ou seja, a LER-QI, apenas para se
delimitar, exige ações que a própria CONLUTAS já vinha fazendo há uma semana.
Ao invés de apoiar a campanha em curso a LER-QI se contenta em soltar uma declaração
na sua página que a delimite da direção da CONLUTAS. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: ivory; font-family: Garamond; font-size: x-large;">Esses exemplos refletem um
problema de ordem estratégica desse grupo e é o que explica seus inúmeros erros
táticos em distintas situações. Nesse sentido, não há qualquer possibilidade de
continuar a militância nas fileiras da LER-QI. Entretanto, mantenho minha plena
convicção no marxismo revolucionária, que em minha opinião hoje está
cristalizado no trotskismo, e na luta por um movimento operário classista que
se coloque, juntamente com os estudantes e o conjunto do povo pobre, na linha
de frente contra os ataques do governo e dos patrões, na perspectiva do
socialismo. Por ora, continuarei minha
militância através na CSP-CONLUTAS e na ANEL contribuindo para discutir e
auxiliar, pacientemente, na formação política e teórica de novos companheiros
do movimento estudantil e operário. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: ivory; font-family: Garamond; font-size: x-large;">Rafael Borges<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: ivory; font-family: Garamond; font-size: x-large;">ex delegado de base do
campus de Franca no DCE da UNESP/FATEC<o:p></o:p></span></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-size: x-large;"><br clear="all" />
</span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-size: x-large;"><a href="file:///C:/Users/Rafael/Documents/carta%20ruptura.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference">[1]</span><!--[endif]--></span></a> Programa
de Transição, 1938.</span></div>
</div>
</div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-23554649374686568662013-04-15T15:46:00.002-07:002013-04-15T15:56:29.613-07:00MARCHA A BRASÍLIA: PONTO DE ENCONTRO DOS QUE LUTAM CONTRA A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSlPMjuViAMkUx_MQo5mDffx7z6vuyXDQXyoQhxbHbVhpJq4cM6ucdRnvNtrF-Z8n9dOz2NWB5gS36iNSKaw5nQWmOjLwx34xMrEF524WJFvR7z90wQecy92tz4JyMAP2koeMFvGrXcMs/s1600/Flexibilizacao-e-Precarizacao-do-Trabalho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSlPMjuViAMkUx_MQo5mDffx7z6vuyXDQXyoQhxbHbVhpJq4cM6ucdRnvNtrF-Z8n9dOz2NWB5gS36iNSKaw5nQWmOjLwx34xMrEF524WJFvR7z90wQecy92tz4JyMAP2koeMFvGrXcMs/s320/Flexibilizacao-e-Precarizacao-do-Trabalho.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: x-large;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Há
muito tempo os setores patronais clamam por mudanças na legislação trabalhista.
Exigem do governo medidas para reduzir “os custos” da mão de obra e, desse
modo, manter suas altas taxas de lucro. Para o empresariado brasileiro os
mínimos direitos trabalhistas, sejam aqueles previstos na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) ou os da própria Constituição Federal, passaram a ser grandes
obstáculos na sua busca por lucros cada vez maiores. Essa necessidade de
liquidar os direitos trabalhistas é o que explica o surgimento do projeto de
lei que prevê o “Acordo Coletivo Especial” – o ACE.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">O
projeto de lei que traz a proposta do ACE é de autoria do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC e tem o apoio da direção nacional da Central Única dos
Trabalhadores (CUT). Trata-se, na realidade, da regulamentação de acordos
coletivos que poderão reduzir direitos e garantias dos trabalhadores. O
Objetivo do ACE é garantir a chamada “segurança jurídica” para aqueles acordos
que preveem redução de direitos. Os grandes empresários, evidentemente, estão
festejando a proposta do ACE, pois vêem nele a grande possibilidade de fechar
acordos coletivos que reduzirão os direitos a patamares abaixo do previsto pela
própria lei. O raciocínio dos
empresários é simples: se ainda não há condições políticas de acabar
diretamente com as leis trabalhistas através de uma ampla reforma, então irão
impor, com o auxílio da burocracia sindical, acordos por “fora da lei” para
reduzir ou suprimir direitos históricos da classe que vive do trabalho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmzO8aXPHvdBmi86GrT2E971AgjaS-SsBwZZcrIQl7BYtSivMxA4BIIps8fglaRaXUh36zpurMKxH5crHopZtx8m-sUKb9u-CCu2U6U0UO8HOREy7PR2Fo5dcCwmovUeRlfgQoQ0xwosA/s1600/dilma+eike.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="330" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmzO8aXPHvdBmi86GrT2E971AgjaS-SsBwZZcrIQl7BYtSivMxA4BIIps8fglaRaXUh36zpurMKxH5crHopZtx8m-sUKb9u-CCu2U6U0UO8HOREy7PR2Fo5dcCwmovUeRlfgQoQ0xwosA/s400/dilma+eike.jpg" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">O
Governo Dilma, apesar dos slogans e discursos em favor do povo, na prática,
apóia, incentiva e promove todas essas medidas de redução de direitos. Na
avaliação do Governo o ACE, assim como as terceirizações e outras medidas de
precarização das relações de trabalho, poderá contribuir para a redução do
“custo” da mão de obra possibilitando, dessa forma, a manutenção das altíssimas
taxas de lucros dos empresários brasileiros. Essa receita vem sendo aplicada
rigorosamente nos canteiros das grandes obras do PAC e dos estádios para a Copa
e Olimpíadas. Os operários dessas obras são obrigados a trabalhar em extensas
jornadas de trabalho, com atrasos de salários, sem descanso e visitas à família
e sem equipamentos de segurança. Não há dúvida que o ACE visa expandir essa
precarização para outras categorias e também aos servidores públicos. O governo
apóia o Acordo Coletivo Especial (ACE), pois sabe que ao abrir as portas para a
“flexibilização” dos direitos trabalhistas o acordo torna-se o principal
instrumento para uma permanente precarização das relações de trabalho. E no
vocabulário da patronal “precarização das condições de trabalho” significa
altos rendimentos para suas respectivas empresas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtNAql0yBflUboLtNE7LkPjUt6-ig-lAempP3EpLR85E2a2MlMdJnYeURVvNMRcS9EDJhwywN15dvXGtr_604nLaCrtM3zC9fr6oYO_hhW2xOPtUxI93e4FRqT9g8hYJ3poOpHWLnLYfw/s1600/belo-monte-greve1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtNAql0yBflUboLtNE7LkPjUt6-ig-lAempP3EpLR85E2a2MlMdJnYeURVvNMRcS9EDJhwywN15dvXGtr_604nLaCrtM3zC9fr6oYO_hhW2xOPtUxI93e4FRqT9g8hYJ3poOpHWLnLYfw/s640/belo-monte-greve1.jpg" width="640" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Mas afinal, o ACE é ou não uma
ameaça aos direitos dos trabalhadores?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">A
direção nacional da CUT publicou algumas notas para tentar convencer os
trabalhadores de que o ACE não significa o fim de direitos. Segundo a CUT, a
redação do projeto veda expressamente a retirada dos direitos previstos pelo
art. 7º da Constituição Federal, dispositivo legal que assegura os principais
direitos trabalhistas. Entretanto, como podemos notar, a própria direção da CUT
admite abertamente que, com o ACE, os direitos trabalhistas previstos em outras
legislações e instrumentos (como direitos previstos na CLT, decretos,
regulamentos e portarias) poderão ser suprimidos, pois nem todos os direitos
trabalhistas estão previstos no célebre art. 7º da CF. O ACE, a título de
exemplo, poderia levar a diminuição do horário de almoço ou acabar com a
necessidade de alguns equipamentos de segurança. Além disso, os defensores do
ACE estão dando a oportunidade histórica para os políticos patronais enfim
alcançarem seus objetivos de liquidar os principais direitos sociais, inclusive
até mesmo os previstos na Constituição. A relação entre o ACE e a “flexibilização”
dos direitos é tão profunda que no dia 02 de Agosto de 2012 o jornal “O Estado
de São Paulo”, cuja linha editorial é fervorosa defensora da “flexibilização”
dos direitos trabalhistas, expressou, através de um de seus colunistas, sua
satisfação com o ACE:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Garamond;">“Bons ventos sopram em direção à
flexibilização da legislação trabalhista, caso seja aprovado o Acordo Coletivo
Especial (ACE).”</span><span style="font-family: Garamond;"> <a href="file:///C:/Users/Rafael/Documents/MARCHA%20A%20BRAS%C3%8DLIA%20-%20ACE.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference">[1]</span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Nem
mesmo a direção da CUT consegue explicar como o ACE não é um projeto de “flexibilização”
e retirada de direitos se até mesmo o principal porta-voz do empresariado
paulista e o mais ferrenho defensor da reforma trabalhista está favorável ao
ACE. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOCfRDlO04n460rH6kEqoqZVDq7bfJvmwIuCSjr85e3kxCykwe6LTdXOL8SXTxQE6NoHaf5LDeNO7l6Ad578VG1lTu7mN7hx-mrcoB9nOFDsj9JWkHUp2XuU9MNNSOus3VUFLwwRb7qu4/s1600/skaf+e+CUt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOCfRDlO04n460rH6kEqoqZVDq7bfJvmwIuCSjr85e3kxCykwe6LTdXOL8SXTxQE6NoHaf5LDeNO7l6Ad578VG1lTu7mN7hx-mrcoB9nOFDsj9JWkHUp2XuU9MNNSOus3VUFLwwRb7qu4/s400/skaf+e+CUt.jpg" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Falsos argumentos para justificar a
retirada dos direitos!</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Os
defensores do ACE argumentam que, como a legislação é arcaica e ultrapassada,
ela impede a aprovação de acordos mais favoráveis aos trabalhadores. O ACE,
desse modo, facilitaria acordos benéficos aos trabalhadores. Entretanto, esse
argumento é falso do inicio ao fim!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">O
entendimento de que a atual legislação trabalhista não proíbe acordos mais
favoráveis aos trabalhadores é unânime entre todos os juristas da área do
Direito do Trabalho. Advogados, juízes trabalhistas e estudiosos concordam que
não há qualquer restrição na atual legislação para que se realizem convenções e
acordos coletivos mais favoráveis do que o estipulado em lei. Esse também é o
entendimento de dezenas de operadores do Direito que assinam o “manifesto de
juristas contra o ACE”:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">“Dizem os autores do projeto que não almejam a redução
dos direitos dos trabalhadores, pretendendo, apenas, incentivar a autonomia
negocial. No entanto, a autonomia negocial, para melhorar as condições sociais
dos trabalhadores, nunca deixou de existir. A negociação com este objetivo,
aliás, sempre foi incentivada pelo Direito do Trabalho, desde a sua formação. O
projeto, portanto, se nada acrescenta neste aspecto, só pode servir mesmo para
conferir a possibilidade de se reduzirem direitos (...)”<a href="file:///C:/Users/Rafael/Documents/MARCHA%20A%20BRAS%C3%8DLIA%20-%20ACE.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference">[2]</span><!--[endif]--></span></a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Desse
modo, fica muito claro o real objetivo do Governo Federal e da direção da CUT.
Trata-se de resgatar antigas propostas de “flexibilização” dos direitos
trabalhistas outrora defendidas pela velha oposição conservadora (PSDB, DEM e
PPS), mas com uma nova roupagem. Dessa vez, se utilizam do próprio aparato
sindical para promover uma medida que não trará benefício algum aos
trabalhadores brasileiros. Os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros estão,
mais uma vez, chamados a irem às ruas para lutarem por seus direitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCEhDMSA8qdRP86Q-hJiyBExRIZPT_mgWdjLXOWEu8-nQjY-vsBdwWgsPleiB4AesT3eVkTpycdTstOGzO8G-l1bOaC76vkBrLh7pG9elpoX1ItvQJl9SHA0tiYgvKVZsZqywJyHFahzk/s1600/cartaz+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCEhDMSA8qdRP86Q-hJiyBExRIZPT_mgWdjLXOWEu8-nQjY-vsBdwWgsPleiB4AesT3eVkTpycdTstOGzO8G-l1bOaC76vkBrLh7pG9elpoX1ItvQJl9SHA0tiYgvKVZsZqywJyHFahzk/s640/cartaz+2.jpg" width="640" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">MARCHA A BRASÍLIA SERÁ ESPAÇO DE
RESISTÊNCIA CONTRA A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E A RETIRADA DE DIREITOS.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><b><span style="font-family: Garamond;"> </span></b><span style="font-family: Garamond;">A
resposta do movimento operário e popular deve estar à altura dos ataques. Os trabalhadores,
através de seus sindicatos, centrais e federações, devem discutir a gravidade
do projeto que aplica o ACE. É preciso organizar uma luta nacional que una
distintas categorias e setores para lutar contra tais propostas. Por isso,
achamos extremamente importante a iniciativa da CSP-Conlutas em construir uma
grande Marcha a Brasília no dia 24 de Abril com destaque na luta contra o ACE.
A Marcha, que pretende reunir dezenas de milhares de trabalhadores e jovens, já
conta com a adesão de inúmeros sindicatos, movimentos populares, estudantis e
sociais, como a FERAESP, o ANDES, a ANEL e o MST. Também é muito importante que
setores da própria CUT, como o coletivo “A CUT pode mais” estejam engrossando a
Marcha, pois amplia a nossa luta e evidencia ainda mais a gravidade dos ataques
que estão sendo preparados pelo Governo Federal.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Acreditamos
que seja muito importante que mais sindicatos, organizações estudantis e
movimentos sociais se juntem à construção da Marcha. As entidades que
representam os setores progressivos de direitos humanos, advogados e juízes
trabalhistas críticos ao ACE também estão convidadas a se somar a essa luta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">Os
direitos trabalhistas que temos hoje foram conquistados nas ruas com a luta da
classe trabalhadora. Para que não os tirem de nós deveremos retomar o caminho
da luta e da mobilização. Todos à Marcha a Brasília. </span><o:p></o:p></span></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Rafael/Documents/MARCHA%20A%20BRAS%C3%8DLIA%20-%20ACE.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-acordo-coletivo-especial-,909585,0.htm">http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-acordo-coletivo-especial-,909585,0.htm</a></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Rafael/Documents/MARCHA%20A%20BRAS%C3%8DLIA%20-%20ACE.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> <a href="http://cspconlutas.org.br/2012/08/manifesto-de-juristas-nao-ao-projeto-de-acordo-com-proposito-especifico-do-smabc/">http://cspconlutas.org.br/2012/08/manifesto-de-juristas-nao-ao-projeto-de-acordo-com-proposito-especifico-do-smabc/</a></div>
</div>
</div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-49858670339786622762013-04-08T20:00:00.001-07:002013-04-08T20:01:29.884-07:00VAMOS TODOS A MARCHA EM BRASÍLIA NO DIA 24 DE ABRIL<br />
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5238" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">Toda hora estão dizendo no rádio e na televisão que está tudo bem no país. Até tentam esconder a realidade sobre os hospitais públicos, mas não tem jeito, o caos é muito grande. Nas escolas públicas os alunos enfrentam péssimas condições de estudo e os professores também sofrem com os baixos salários. O governo fala de uma nova classe média, a verdade é que os trabalhadores estão com muitas dificuldades para pagar as dívidas.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5238" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk5IA7VxCghcm0kAdUHGH1ExQRnDqt2ZlBJRDW8o6yHYvof5MIozyWo_pwBzpYgxreGPL-opLUULZVGYxnk9Z1jmYLrzv_D683G-MZX5iIfT0uwVchPtJC2Rl-IFXlkXNEeeQEPHtiNb8/s1600/haddad+maluf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk5IA7VxCghcm0kAdUHGH1ExQRnDqt2ZlBJRDW8o6yHYvof5MIozyWo_pwBzpYgxreGPL-opLUULZVGYxnk9Z1jmYLrzv_D683G-MZX5iIfT0uwVchPtJC2Rl-IFXlkXNEeeQEPHtiNb8/s320/haddad+maluf.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5238" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5238" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">As grandes empresas estão lucrando cada vez mais com o crescimento econômico, enquanto a maioria continua cada vez mais pobre e endividada, muitos com dificuldade até para comer. E agora ainda está rolando no congresso uma proposta que ameaça os trabalhadores de perderem o direito ao 13º salário, as férias, e outras conquistas. Quem diria? Do jeito que o PSDB queria fazer, agora é o governo da Dilma que tenta retirar nossos direitos. Não podemos aceitar!</span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5255" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"> Se você está contra essas barbaridades, junte-se a nós na marcha em Brasília do dia 24 de abril. Queremos propor que você discuta em seu sindicato, entidade estudantil ou popular sua participação nessa mobilização.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEF_kVxvEmseuIAwMx-Dh7r-7X7LUHNgnmtm1TG9pT_XCLplzCtL0OlWs-_V9QhlMfknUJ_t-1mi8u4D6UuXpcYrFsGXjdvvxEvApzPwSSvOFPIQUCUp3lT0BsW9qYxY06U91jueBjud8/s1600/cartaz+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEF_kVxvEmseuIAwMx-Dh7r-7X7LUHNgnmtm1TG9pT_XCLplzCtL0OlWs-_V9QhlMfknUJ_t-1mi8u4D6UuXpcYrFsGXjdvvxEvApzPwSSvOFPIQUCUp3lT0BsW9qYxY06U91jueBjud8/s640/cartaz+2.jpg" width="640" /></span></a></div>
<div style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5257" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5259" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">Essa marcha é unitária, incorporando centenas de sindicatos e entidades do movimento sindical, estudantil, popular de todo o país. Unifica dirigentes de diversos partidos políticos assim como independentes. Foi convocada pela CSP Conlutas e várias entidades com entidades nacionais do funcionalismo (CONDSEF, ANDES-SN, SINASEFE, FENASPS, FASUBRA, ASFOC-SN e outras), dos trabalhadores do campo (MST, Feraesp), Sindicatos de professores (CPERS, SEPE), correntes da CUT como “A CUT pode mais”, do movimento dos aposentados (Cobap), do movimento estudantil como a ANEL.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5261" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5263" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"> Não concordamos com a atual política econômica. Os grandes beneficiários não têm sido os trabalhadores, como se pensa, mas as grandes empresas, que tiveram lucros altíssimos nos governos Lula e Dilma. Agora que existe uma desaceleração da economia, os lucros caíram. O sentido das iniciativas do governo é assegurar que esses lucros voltem a crescer. Vem daí os incentivos fiscais, a redução dos impostos, as privatizações.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5263" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjpIVhsllI4Yc1BkZSMx941UlnZlPkM-qM0pcgAYhJb7fYrW0sqFF7jvs0buPvv8_PDKExTN9GCuXtbuxG91nqXCtBXL2v0RPGXe0zFAt3pysvWzFYVVh-L2Hd8RSFwWFgB0zPd2GAdf4/s1600/eike+e+lula.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjpIVhsllI4Yc1BkZSMx941UlnZlPkM-qM0pcgAYhJb7fYrW0sqFF7jvs0buPvv8_PDKExTN9GCuXtbuxG91nqXCtBXL2v0RPGXe0zFAt3pysvWzFYVVh-L2Hd8RSFwWFgB0zPd2GAdf4/s320/eike+e+lula.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5263" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5265" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"> A marcha do dia 24 tem como objetivo resistir contra os ataques aos direitos dos trabalhadores como a reforma da previdência (que ameaça mais uma vez o direito a aposentadoria) e a imposição dos Acordos Coletivos Especiais (que abrem a possibilidade de perda do direito às férias e 13º salário). Queremos lutar contra as privatizações das rodovias, aeroportos, e impedir o leilão que vai aprofundar a privatização da Petrobrás. Queremos uma Petrobrás 100% estatal para ter combustível barato.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5267" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"> Nós defendemos que a política econômica do governo esteja voltada para as necessidades dos trabalhadores e não das grandes empresas. Vamos lutar por aumentos salariais para o funcionalismo público e demais trabalhadores. É preciso suspender o pagamento das dívidas aos banqueiros para poder investir na saúde e educação. Defender a reforma agrária e se opor ao apoio do governo ao agronegócio. É a única maneira de ter alimentos mais baratos no país.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5267" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIiGtV8vYW2BiGJw9nXulzBqnZGzTV6TQSCGtwaOr7VvKJkWf5MYYM6Y4BDbbEELN4sfzdao1ouDIGPIPHr_n9YRLGG1OxDtDxbOpc_ACit4bJnFCzil9JLi3HIjba2BwB9FqlkhKSMMg/s1600/luta+moradia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIiGtV8vYW2BiGJw9nXulzBqnZGzTV6TQSCGtwaOr7VvKJkWf5MYYM6Y4BDbbEELN4sfzdao1ouDIGPIPHr_n9YRLGG1OxDtDxbOpc_ACit4bJnFCzil9JLi3HIjba2BwB9FqlkhKSMMg/s1600/luta+moradia.jpg" /></span></a></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5267" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5267" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5269" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"> A existência dessa jornada de lutas e da Marcha à Brasília prova que não é verdade que todos estão de acordo com os rumos da política econômica nesse país. Nós também não concordamos a chamada oposição de direita, que na verdade sempre defendeu todos esses ataques aos nossos direitos. É hora de dar visibilidade a um terceiro campo, o dos trabalhadores; Um campo totalmente oposto, tanto aos rumos do governo petista como dessa dita oposição de direita, que tenta ter visibilidade nesse momento, mas que sempre defendeu os interesses dos Ricos.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5273" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5271" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">Procure saber se seu sindicato já está participando da marcha, e como será a ida para Brasília. Caso não esteja participando, propomos que abra essa discussão em sua entidade.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5271" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWIcuJaohMiWrrtmFkcth9URz782U1opTVPsrOpLNNztwDoLBCJxA41IjHRw6PjducuJyCyVj2G5GL9wcNDqIHQUKoE97D_UqQRViO91LQFVerxCEBAlVFJz8Lw8Lz5IntmoieUCGbuP8/s1600/cartaz+marcha+a+brasilia.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: x-large;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWIcuJaohMiWrrtmFkcth9URz782U1opTVPsrOpLNNztwDoLBCJxA41IjHRw6PjducuJyCyVj2G5GL9wcNDqIHQUKoE97D_UqQRViO91LQFVerxCEBAlVFJz8Lw8Lz5IntmoieUCGbuP8/s640/cartaz+marcha+a+brasilia.JPG" width="427" /></span></a></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5271" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5295" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_1_1365472816909_5275" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"> Todos os sindicatos e entidades do país devem chamar assembleias e discutir a preparação da marcha do dia 24 de abril a Brasília.</span></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-87836056842135998052013-04-08T19:40:00.000-07:002013-04-08T19:40:10.425-07:00CSP- CONLUTAS, MST E FERAESP DEBATEM EM RIBEIRÃO PRETO A CRISE ECONÔMICA E OS DESAFIOS DA CLASSE TRABALHADORA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfSQiyOJUTN-D5PsDVrP_L2s2m3E6UfBCknzGM-9rES9ooLs0nhcb7dgH91sFKZQTPykHaPP7snSqZMBjvJe6LHwsJDhiz0Vi-oxy20yv8CnhrOFmpQekBZeOkoxU_xPY45iKuGJyJ7FA/s1600/image001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="448" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfSQiyOJUTN-D5PsDVrP_L2s2m3E6UfBCknzGM-9rES9ooLs0nhcb7dgH91sFKZQTPykHaPP7snSqZMBjvJe6LHwsJDhiz0Vi-oxy20yv8CnhrOFmpQekBZeOkoxU_xPY45iKuGJyJ7FA/s640/image001.jpg" width="640" /></a></div>
<br />Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3480879341241033236.post-2205946440650528702013-03-21T12:28:00.002-07:002013-03-21T12:34:47.257-07:00APONTAMENTOS SOBRE AS “GLOBAL PLAYERS”, IMPERIALISMO E A REVOLUÇÃO PERMANENTE. <div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large; text-align: justify;">É
lugar comum entre os intelectuais do espectro petista a definição de que,
sobretudo com o Governo Lula e agora sob a gestão Dilma, o Brasil, através do
desenvolvimento de grandes empresas nacionais – chamadas “</span><i style="font-family: Garamond; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">global players</span></i><span style="font-family: Garamond; font-size: x-large; text-align: justify;">” – cumpriria um outro papel na divisão internacional
do trabalho entre os países. Na concepção de tais analistas, que em alguma
medida é acompanhada até mesmo por setores da oposição de direita, as grandes
empresas brasileiras (estatais ou privadas) disputam o mercado internacional em
pé de igualdade com as velhas e novas grandes multinacionais imperialistas. O
papel de liderança mundial nos seus respectivos negócios faz com que a Petrobrás,
Embraer, JBS-Friboi, Andrade Gutierrez entre outras empresas sejam exemplos
desse maior protagonismo do capital nacional no mercado mundial.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt2Pv0covIipSN0Lf8Y7bMrqnWAxz9ktXLFegn27AdMR_c_CRCK5OhrjDOBbQk3TRK34bxJ0fH6gdbLqiIrZ-AvBies0mJwZYDiFX0ctXTcMHA3wweniy2133ou5HPpeQHP45lOygHT4o/s1600/lula+eike.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt2Pv0covIipSN0Lf8Y7bMrqnWAxz9ktXLFegn27AdMR_c_CRCK5OhrjDOBbQk3TRK34bxJ0fH6gdbLqiIrZ-AvBies0mJwZYDiFX0ctXTcMHA3wweniy2133ou5HPpeQHP45lOygHT4o/s320/lula+eike.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">O
Governo petista aproveita-se do “fenômeno” das “<i>global players”</i>, assim como do papel nefasto que cumpriu ao ocupar
e militarizar o Haiti fazendo o trabalho sujo para o imperialismo e na liderança
na América do Sul, para obter vantagens políticas nos principais organismos de
relações internacionais. É o que explica a insistência, até aqui sem qualquer
efeito, em se tornar membro pleno (com poder de veto) do Conselho de Segurança
da ONU, grupo seleto de potências formado por EUA, Rússia, China, Reino Unido e
França.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">Também
vale destacar que, lamentavelmente, parte da própria esquerda antigovernista,
numa avaliação superficial e apressada desse processo, acabou por se seduzir
pelo canto do “Brasil Potência”. Não por outro motivo, inúmeros grupos e
partidos desenvolveram “teorias” de que o Brasil havia se tornado um país
imperialista ou criaram uma nova categoria, avessa a própria concepção
leninista do imperialismo, o chamado “sub-imperialismo”. Longe de ser apenas
uma discussão acadêmica ou teórica sem correspondência com a realidade, dizer
que o Brasil não seja mais uma semi-colônia (países com independência política
formal, mas subjugado economicamente), além de mudanças na avaliação geopolítica,
implica em profundas alterações, no conjunto de tarefas e programas a qual os
marxistas devem levantar para a revolução no Brasil.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicQNU-BQ2MYsfhWW1eUL-ThBLMs8JTf_Xhr6dbY13zT110et7GzUfMAQWqw2vywbebZr4P4juRSynxnBrfwf6jQbCkihusZ8vaLb3s6iOrHJ0KRJYCUm49z2pJ9xY9m8xjAaaMwK1mnok/s1600/charge+haiti.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicQNU-BQ2MYsfhWW1eUL-ThBLMs8JTf_Xhr6dbY13zT110et7GzUfMAQWqw2vywbebZr4P4juRSynxnBrfwf6jQbCkihusZ8vaLb3s6iOrHJ0KRJYCUm49z2pJ9xY9m8xjAaaMwK1mnok/s320/charge+haiti.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">Nessa
brevíssima postagem, queremos, a partir de dois exemplos, mostrar que, ao contrário
do que preconiza os intelectuais petistas e as linhas editoriais da imprensa
burguesa, permanece a profunda dependência econômica de nosso país ao capital
imperialista, sobretudo o norte-americano. Não menosprezamos as transformações
ocorridas na econômica brasileira, assim como o papel de liderança que algumas
empresas nacionais experimentaram nos últimos anos, todavia é preciso destacar
os limites desse processo indo além das aparências superficiais e questionar o
clima “festivo” propagado pelos porta-vozes do governo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">Em
primeiro lugar, destacamos a importante participação do capital imperialista
estrangeiro nas transnacionais brasileiras. A estratégia do governo para o
desenvolvimentos dessas “<i>global players</i>”
é combinar vultuosos incentivos fiscais e de créditos (via BNDES) por parte do
governo e permitir a entrada de capital estrangeiro em parcelas “menores’ no
capital das empresas. O que se percebe é que, se por um lado, houve uma ofensiva
das empresas nacionais, por outro, estas empresas ainda dependem de
investimentos estrangeiros (imperialistas) para se arriscarem ao mercado
internacional. Para tal, a elevada taxa de juros, durante os governo FHC e
Lula, contribuíram para atração de capitais imperialistas especulativos: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333; font-family: Garamond;">“O
poder de atração do capital imperialista por parte do Brasil se deu em função
de uma particular combinação de fatores, dentre os quais, para além de seus
recursos naturais extremamente valorizados, cumpriram um papel central as taxas
de juros reais mais altas do mundo. Esta conjunção de elementos levou a que o
fluxo de dólares para o país pressionasse a uma hipervalorização artificial do
real em relação ao dólar, aumentando o poder de compra das empresas nacionais
no exterior e com isso favorecendo o desenvolvimento do que hoje conhecemos
como os “global players” brasileiros.</span>” (MATTOS, Daniel. A falácia do sub-imperialismo brasileiro. Revista
estratégia internacional nº 25. 2009)</span><span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZc0NE8yzxZ5IV4oky24x-SD1e3VyKExXb6VJ8d4nFQ9kT3iTJ4nsrb0kAxbBem5_iPiMEh5n4lv4Sqm90mAfU0Ivx1mwCrM1YwLneCeXiqrOwPTPsWFbS-ZwnhYt5AQ-By0qxWF6TOJY/s1600/dilma+e+empresarios.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZc0NE8yzxZ5IV4oky24x-SD1e3VyKExXb6VJ8d4nFQ9kT3iTJ4nsrb0kAxbBem5_iPiMEh5n4lv4Sqm90mAfU0Ivx1mwCrM1YwLneCeXiqrOwPTPsWFbS-ZwnhYt5AQ-By0qxWF6TOJY/s320/dilma+e+empresarios.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;"> </span></span><span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Outra
demonstração, mais recente, dos limites desse processo veio à tona com a notícia
da compra de uma refinaria pela Petrobrás, em Pasadena, no estado
norte-americano do Texas. A empresa estatal, talvez a principal “menina dos
olhos” do governo petista e que em 2013 enfrenta sérios prejuízos, adquiriu a refinaria
de um grupo belga (que a havia comprado pelo valor de mercado de 46 milhões de
dólares) durante o governo Lula pela “bagatela” de 1,18 bilhões de dólares (!).
Agora, a Petrobrás, que conta com importante parcela de capital estrangeiro na
sua composição acionária, pretende vender a refinaria pelo valor de
aproximadamente 400 milhões de reais. Um prejuízo de quase 800 milhões de dólares
para os cofres brasileiros e uma grande ajuda aos capitais imperialistas belgas
e norte americanos que realizaram a venda. Desse modo, o capital privado
nacional e o Estado brasileiro colaboram, com dinheiro do trabalhador
brasileiro, para aliviar a crise econômica pela qual passa as principais
economias imperialistas do mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: x-large;">Esses
dois exemplos, um sobre como foram formados os “<i>global players”</i> brasileiros e outro sobre os limites desses,
reforçam a caracterização de que o Brasil ainda é um país semi- colonial e
dependente do capital imperialista. As atuações frente as crises políticas na
América latina, a maior presença no continente africano e a intervenção militar
no Haiti são expressões de uma potência regional que cumpre o “trabalho sujo”
para o imperialismo. A fraca e tímida condenação ao recente golpe cívico-militar
no Paraguai contra um de seus aliados (Fernando Lugo) evidencia que também na
política externa o Brasil, em que pese a retórica “Sul-Sul” do governo, está em
sintonia com as principais orientações do imperialismo norte-americano. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz23ESRsJxbxTAx9uWe00sLch8BkEFuyyAgQjOMcyYKpxp4wdKd6q6mZ3ArO5JNcvg2SwSAd-kCFp0jaZ45A32KLjKhEa51YQw9UWfxWHy8V1seO6U8FZY9ilo3-c6RmQFuhNiChSSRjA/s1600/obama+e+dilma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz23ESRsJxbxTAx9uWe00sLch8BkEFuyyAgQjOMcyYKpxp4wdKd6q6mZ3ArO5JNcvg2SwSAd-kCFp0jaZ45A32KLjKhEa51YQw9UWfxWHy8V1seO6U8FZY9ilo3-c6RmQFuhNiChSSRjA/s1600/obama+e+dilma.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond; font-size: x-large;">Caracterizar
o Brasil como semi-colônia significa dizer que em nosso país a burguesia
nacional, com seus inúmeros laços com o imperialismo, foi e segue sendo incapaz
de realizar as históricas tarefas democráticas que ainda hoje seguem pendentes
em nosso país. Nesse sentido, na contra mão do que propugna a esquerda “democrática
e popular”, como o MST e a Consulta (que ainda seguem na sua procura utópica
por uma burguesia nacional progressista), o proletariado brasileiro,
hegemonizando os camponeses, pobres urbanos e a classe média empobrecida, está historicamente
convocado a se organizar de maneira independente da burguesia nacional e
estrangeira e, a partir da construção de uma República Operária e Socialista,
realizar as tarefas democráticas não resolvidas, como a reforma agrária e
urbana, demarcação de terras quilombolas e indígenas e educação de qualidade
etc como explica o revolucionário e teórico russo Leon Trotsky em suas teses da
revolução permanente:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Garamond;">“Para os países de
desenvolvimento burguês retardatário e, em particular, para os países coloniais
e semicoloniais, a teoria da revolução permanente significa que a solução
verdadeira e completa de suas tarefas democráticas e nacional-libertadoras só é
concebível por meio da ditadura do proletariado, que, assume a direção da nação
oprimida e, antes de tudo, de suas massas camponesas</span><span style="font-family: Verdana;">.</span></span><span style="font-family: Garamond;"><span style="font-size: large;">”</span><span style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbEgCozsYbmJ8DXCSHjYGgJOVkpZZsAeOatebKZd9LuTDtmX3Vdc4NTKi2mNF6HFOMt_v5xvSOQPTqg0564Zy2OVNAYoroH-_tuK1ZnTt8WgCD54-041vBkIGlUOBvrIVdJQkm82D94gM/s1600/greve+jirau.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbEgCozsYbmJ8DXCSHjYGgJOVkpZZsAeOatebKZd9LuTDtmX3Vdc4NTKi2mNF6HFOMt_v5xvSOQPTqg0564Zy2OVNAYoroH-_tuK1ZnTt8WgCD54-041vBkIGlUOBvrIVdJQkm82D94gM/s320/greve+jirau.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><span style="background-color: white; font-family: Garamond;">Desse modo, a luta pela construção de um partido
revolucionário com profunda organicidade no seio da classe trabalhadora,
sobretudo no seu setor mais precarizado, continua um problema de primeira
ordem. Esse partido, que deverá caminhar na contramão de organizações políticas
midiáticas, superestruturais e reformistas, como vemos o caminho escolhido pelo
PSOL, deve ser parte da luta pela reconstrução da IV internacional, o partido
mundial da revolução social. </span><span style="background: ivory; font-family: Garamond;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Rafael dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/16600173174901379443noreply@blogger.com0