sexta-feira, 28 de junho de 2013

DIA NACIONAL DE DE LUTA: ACOMPANHE COMO FORAM AS MOBILIZAÇÕES EM TODO PAÍS

O Dia Nacional de Lutas, convocado pela CSP-Conlutas e o Espaço de Unidade de Ação, que ocorreu nesta quinta-feira, 27 de junho, em diversos estados do país, foi um importante passo para incorporar a classe trabalhadora organizada nas mobilizações populares que sacodem o país. Com greves, paralisações, assembleias e mobilizações de ruas, as organizações dos trabalhadores entraram em cena com suas bandeiras e reivindicações.


SP
Já era bem cedo, por volta das 6h da manhã, quando a população foi recebida pelos metroviários de São Paulo, nas estações de metrô, com uma carta aberta do sindicato. O material distribuído apontava a vitória das mobilizações de rua que arrancou do governo e da prefeitura de São Paulo, assim como em outras cidades do Brasil, a revogação do aumento das tarifas. A carta destacava ainda a importância de dar continuidade às mobilizações para acabar com o sufoco dos transportes públicos lotados e de péssima qualidade.

O Dia Nacional de Lutas também ocupou a periferia da cidade. Na periferia da zona sul da cidade, no Capão Redondo, em frente à estação de metrô, a mobilização contou com a participação de professores, metroviários, militantes do movimento Luta Popular, estudantes e lideranças da região. A mobilização reivindicou melhorias no bairro, como a construção de um Hospital na região, a extensão do Metrô até o Jardim Ângela; garantia de moradia a todas as famílias do Córrego dos Freitas e a defesa de todas as ocupações Culturais da região.
Ainda na capital paulista, a reitoria da Unesp foi ocupada durante protesto convocado pelo Fórum das Seis, que reúne entidades representativas de funcionários, professores e estudantes da USP, Unicamp e Unesp. O movimento reivindica ”democracia e isonomia” nas universidades estaduais paulistas.
Em São José dos Campos, Caçapava e Jacareí, interior de São Paulo, os metalúrgicos atrasaram a produção em mais de 8 fábricas. Na General Motors, a paralisação durou 1 hora.  Assembleias realizadas nas fábricas aprovaram ainda a participação da categoria na paralisação nacional do dia 11 de julho, convocada pelas centrais sindicais. Os metalúrgicos participaram ainda da manifestação no centro de São José dos Campos que se iniciou no final da tarde.


Na Baixada Santista, petroleiros da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão fizeram uma paralisação de mais de uma hora na entrada do turno e do regime administrativo. O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, durante a mobilização, defendeu a luta contra os leilões do petróleo e por uma Petrobras 100% Estatal. 
RJ
No Rio de Janeiro, uma manifestação de rua ocorre no início desta noite e já reúne milhares.



PA
A quase 3 mil quilômetros de distância das mobilizações em São Paulo, mais de 2 mil operários da construção civil de Belém ocuparam as ruas da cidade  em  uma passeata que terminou na prefeitura da cidade. Diversas obras foram paralisadas. Os operários, organizados pelo sindicato da Construção Civil de Belém e apoiados pelo vereador do PSTU Cleber Rabelo, levaram sua pauta de reivindicação ao prefeito. Uma comissão de trabalhadores, junto com o vereador, foi recebida pela prefeitura. Passe livre para estudantes e desempregados, percentual mínimo de 25% de investimento para saúde pública de Belém, construção de casas populares para os operários, fim do Vale Digital e volta do vale transporte em papel, saneamento básico nos bairros populares foram algumas das reivindicações apresentadas.


CE
Em Fortaleza, onde ocorre a semi-final da Copa das Confederações, mais de 20 mil pessoas participam de manifestação no entorno da Arena Castelão. De acordo com dirigentes da CSP-Conlutas, o ato enfrenta muita repressão por parte da Força Nacional de Segurança. De acordo com ele, cinco helicópteros sobrevoam os manifestantes e um forte aparato policial cerca o estádio. A polícia já utilizou bombas de gás e balas de borracha contra os manifestantes e o momento é de tensão na região.


SE
Ainda no Nordeste, a cidade de Aracaju foi também palco de mobilizações. O Dia Nacional de Luta começou com paralisação de 2 horas dos petroleiros no Edifício Sede, paralisação de 24h dos professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e paralisação dos rodoviários. No final da tarde, ocorre uma manifestação contra o aumento da passagem.


RN
Em Natal, pela manhã, estudantes e servidores da saúde protestaram por qualidade nos serviços públicos.  "Saúde é o que interessa, pra Copa não tem pressa!", cantavam os manifestantes. A mobilização contou com a presença e o apoio da Vereadora Amanda Gurgel.




Rumo ao 11 de julho
A convocação da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação foi uma primeira iniciativa no sentido de envolver a classe trabalhadora, suas organizações e seus métodos, nas mobilizações populares que ocorrem no país há duas semanas. A necessidade do momento é generalizar iniciativas para por os trabalhadores em luta, organizar uma greve geral que possa obrigar o governo Dilma, os governos dos estados e dos municípios a atender as reivindicações dos trabalhadores e da juventude.


Uma nova iniciativa já está agendada para o dia 11 de julho. A CSP-Conlutas, junto com a CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB, NCST,  e MST, convocam um o Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações “Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores”.   A pauta de reivindicações consensual é redução das tarifas e melhoria da qualidade do transporte coletivo, mais investimentos em saúde e educação públicas, contra os leilões das reservas de petróleo e em defesa do patrimônio público, fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias, redução da jornada de trabalho e contra o PL 4330 (que regulamenta a terceirização), reforma agrária.

Notícia retirada do Portal do PSTU (www.pstu.org.br)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

METALÚRGICOS PARAM PRODUÇÃO E APROVAM GREVE GERAL NO DIA 11 DE JULHO

Metalúrgicos de São José dos Campos e Jacareí aprovaram, em assembleia, participação na greve geral que vai parar o país no dia 11 de julho. Houve atraso na produção em oito fábricas, incluindo a General Motors. As assembleias desta quinta-feira, dia 27, fazem parte do Dia Nacional de Luta, convocado pela CSP-Conlutas.

LEIAM A NOTA COMPLETA EM: 
http://www.pstu.org.br/node/19512

REITORIA DA UNESP OCUPADA! TODO APOIA A LUTA DOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA UNESP!



Centenas de estudantes de diversos campi da UNESP ocuparam o prédio da Reitoria da Unesp nessa manhã da Quinta-Feira (27/06) para exigir mais políticas de permanência estudantil (Moradia, restaurante universitário e bolsas socieconômicas), melhorias emergenciais nos campus experimentais e em repúdio ao PIMESP. Os estudantes também denunciam a política repressiva da Reitoria e das diretorias, pois processos administrativos e sindicâncias têm se tornado constantes contra os membros do movimento estudantil. 
 A Reitoria da UNESP até agora tem se mostrada extremamente intransigente. Algumas unidades da Unesp estão há mais de 3 meses em greve e com suas respectivas diretorias ocupadas, mas a Reitoria e o governo estadual do PSDB não têm mostrado nenhuma disposição em atender a pauta dos estudantes, além de fazer constantes ameaças. 
Os estudantes seguem ocupados e exigindo negociação com a Reitoria. A luta dos unespianos é uma luta de todos que defendem uma universidade pública, gratuita, de qualidade e para todos. O Blog "Adeus ao Capital" apóia a luta e a ocupação dos estudantes da UNESP. É hora do movimento estudantil se levantar!
Também vale lembrar que o ato e a ocupação da reitoria da Unesp coincidem com a jornada de mobilização, paralisações e atos convocado pela CSP-Conlutas e outras entidades que esta acontecendo hoje, 27 de Junho, em todo o país. A jornada, por sua vez, servirá de preparação para construir uma grande greve geral no país no dia 11 de Julho. É necessário unificar as lutas da juventude com a classe trabalhadora!

   

quarta-feira, 26 de junho de 2013

COLETIVO "QUÍMICOS NA LUTA" REALIZA PANFLETAGEM NAS FÁBRICAS CHAMANDO TRABALHADORES DA CATEGORIA A SE MOBILIZAREM


Nessa Segunda e Terça-feira (25 e 26 de Junho) o coletivo "Químicos na Luta", grupo formado por diretores do setor minoritário do Sindicato dos Químicos Unificados e por operários da base da categoria, realizou uma panfletagem de seu novo Boletim nas principais fábricas do Setor Químico da região de Osasco, Barueri, Jandira e região. 

Conversando frente a frente com os operários da categoria, o Coletivo "Químicos na Luta" convocou os trabalhadores a levarem o clima de luta e vitória contra o aumento das passagens para dentro das Fábricas! Segundo explica o Boletim: "OS PROTESTOS TEM QUE CONTINUAR PORQUE NÃO BASTA BAIXAR A TARIFA, OS SALÁRIOS DEVEM AUMENTAR!" 

Segundo os trabalhadores do coletivo, há muito assédio moral nas fábricas, além dos baixos salários e da precarização do trabalho. Por isso, os trabalhadores devem "levar para a fábrica o clima de luta e vitória das ruas" para combater os abusos da patronal do setor.

A panfletagem nas fábricas realizada pelo coletivo "Químicos na Luta" é parte da construção do dia nacional de mobilizações que a Central Sindical e Popular-Conlutas está convocando para amanhã (27 de Junho). Esta, por sua vez, servirá como preparação para construir a greve geral do dia 11 de julho que a CSP-Conlutas e demais centrais sindicais estão convocando.


BLOG "ADEUS AO CAPITAL"   

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Entidades sindicais e do movimento social convocam dia nacional de luta para quinta-feira


Vivemos um momento muito importante em nosso país. A juventude brasileira deu o exemplo e foi às ruas protestar contra o preço e a qualidade do transporte coletivo nas grandes cidades. Desencadeou com isso um amplo processo de mobilização popular que sacudiu o Brasil nos últimos dias, em protesto contra todas as mazelas que tem afligido a vida dos trabalhadores, trabalhadoras e da juventude.
Todo este processo de mobilização já conquistou vitórias importantes, como a redução do preço das tarifas em várias cidades, incluindo as maiores do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, a luta deve continuar, precisamos transformar esta vitória na primeira de uma série de muitas outras. Só desta forma poderemos transformar para melhor o nosso país e a vida dos trabalhadores brasileiros.
Para isso é muito importante, além da participação nas mobilizações que estão acontecendo, que a classe trabalhadora entre de forma organizada nesta luta, trazendo suas reivindicações e cobrando dos governos o seu atendimento. Precisamos cobrar do governo Dilma que, ao invés de ficar fazendo propaganda na TV, atenda as demandas dos trabalhadores. E a mesma cobrança devemos fazer aos governos estaduais e municipais, sejam eles do PT, do PSDB ou do PMDB.
São estes governos, do federal aos municipais, os responsáveis pela situação em que se encontra o país e vida do nosso povo. Eles tem muita agilidade e disposição política quando é para atender aos interesses das empreiteiras, dos bancos, das indústrias e do Agronegócio. Mas quando se trata de atender às nossas demandas parecem uma lesma paralítica!
Por esta razão a CSP-Conlutas, e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, decidiram convocar seus sindicatos, movimentos populares e organizações estudantis, a organizarem uma dia de lutas em todos o país, no dia 27 de junho. A orientação é fazer greves, paralisações e manifestações de rua, aquilo que for mais adequado à situação concreta de cada categoria, cidade ou região. O que é fundamental é que, por todo o país hajam manifestações dos trabalhadores cobrando o atendimento de suas reivindicações.
Acreditamos que esta iniciativa da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação deve ser só uma primeira iniciativa, assim como fez também o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que paralisou fábricas dias atrás para exigir melhoria e redução do preço do transporte coletivo. A necessidade do momento é generalizar iniciativas para por nossa classe em luta, organizar uma greve geral que possa obrigar o governo Dilma, os governos dos estados e dos municípios a atender as demandas dos trabalhadores e da juventude.
Para isso é preciso que as centrais sindicais majoritárias no país se disponham a lutar contra o governo, pois são eles os responsáveis por toda esta situação e é destes governos que precisamos cobrar as mudanças e o atendimento das nossas reivindicações. Só dessa forma seria possível unir nossas forças para colocarmos a classe trabalhadora na direção de todos este processo de lutas e fazer dele uma força que mude para melhor o Brasil. É com essa compreensão que a CSP-Conlutas e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, ao mesmo tempo que convocam o Dia Nacional de Lutas para 27 de junho, mantem a discussão com as demais centrais sindicais, propondo a convocação conjunta de uma jornada de lutas muito mais ampla, em base a uma pauta que possa ser comum.
Nossas reivindicações:
- Menos recursos para a Copa e para as grandes obras / mais recursos para a saúde educação / plano de obras para construir moradias populares, hospitais e escolas /
- Redução do preço da tarifa de transporte e melhoria da qualidade / implantação da tarifa social ou tarifa zero / estatização dos transportes coletivos;
- Congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas públicas;
- Aumento dos salários para compensar a inflação;
- Reforma agrária;
- Menos dinheiro para os bancos e mais recursos para políticas sociais como os 10% do PIB para a educação pública, já e pagamento do piso nacional dos educadores / Suspender o superávit primário e o pagamento da dívida externa e interna para bancos e especuladores;
- Redução da jornada de trabalho;
- Fim do fator previdenciário / Recomposição do valor das aposentadorias / Anulação da reforma da previdência de 2003;
- Defesa do patrimônio público / Contra as privatizações e os leilões do petróleo / Contra o PL 092 que privatiza o serviço público / Revogação da EBSERH que privatiza os hospitais;
- Contra a precarização do trabalho e o PL 4330, das terceirizações;
- Contra a corrupção / contra a PEC 37;
- Contra a repressão, a violência policial e a criminalização das lutas e organizações dos trabalhadores.
Trata-se aqui de uma plataforma base, que pode ser acrescida de demandas que estejam faltando, ou mesmo ser utilizada de forma parcial, de modo a focar nas questões concretas de cada categoria ou setor social.
Organização das lutas
Por outro lado, é preciso organizar a luta em cada estado e região. É muito importante que as entidades busquem construir, a exemplo do que vem sendo feito do Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, uma coordenação (coordenação, comitê, assembleia, a forma não importa, importa o conteúdo) para as lutas que estão em curso, envolvendo todas as entidades e organizações que queiram lutar. A disposição de luta é fundamental, mas sem organização não iremos longe.