sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SINTUSP APOIA O MOVIMENTO ESTUDANTIL DE FRANCA. O APOIO CRESCE CADA VEZ MAIS!


Todo apoio aos estudantes da Unesp de Franca que expulsaram o “Príncipe”!



Nós do Conselho Diretor de Base dos Trabalhadores da USP, vimos por meio desta moção nos posicionar no mais veemente apoio ao ato realizado pelo movimento estudantil da UNESP de Franca que expulsou o monarca-ruralista Bertrand de Orleans e Bragança e o jornalista monarquista, representante da TFP, José Carlos Sepúlveda, da mesa de uma palestra organizada por um grupo coordenado pelo Diretor do Instituto, Fernando Fernandes.

Essas figuras são representantes da burguesia agrária que concentra as terras no Brasil, expulsando camponeses e exterminando trabalhadores sem-terras, quilombolas e indígenas. Como a questão da terra no Brasil está intimamente ligada à questão negra, e a sua concentração foi a principal responsável pela segregação racial, essas figuras também representam o mais podre do discurso elitista e racista. A TFP (Tradição, Família e Propriedade), a qual ambos são ligados, foi cúmplice da ditadura militar brasileira e tem em seu passado a tortura e a morte de milhares de trabalhadores e jovens que lutaram por liberdade. No seu presente, nada mudou, hoje se colocam abertamente contra os homossexuais, contra os direitos da mulher e pregam a violência doméstica.

É inadmissível que um ato que representa o eco do grito de resistência dos trabalhadores, dos camponeses, dos negros e indígenas assassinados nos campos sofra ameaça de punição. Sabemos que a Universidade Pública, hoje, é dirigida por iguais a Bertrand e Sepúlveda, tendo sua expressão máxima a Reitoria da USP dirigida por Grandino Rodas, figura exemplar da cumplicidade da Universidade com o regime ditatorial e com a ideologia reacionária e repressora. Pela luta que temos travado como parte da Comissão da Verdade da USP, para a punição dos militares e seus cúmplices civis da ditadura militar – muitos, hoje, encastelados nas Universidades Públicas –, nos colocamos contra qualquer repressão ao movimento estudantil de Franca!



Conselho Diretor de Base

Sindicato dos Trabalhadores da USP

São Paulo, 31 de agosto de 2012


---------------------------------------------------------------------------------------------------


APOIO DE ESTUDANTES DA UNESP DE PRESIDENTE PRUDENTE

Camaradas, nós como Coletivo de Estudantes de Presidente Prudente, nos colocamos em apoio ao formidável ato realizado, pelo movimento estudantil de Franca, contra Bertrand e Sepulveda, que representam o fascismo que se falsifica de progresso.

Nos colocamos contra a presença da burguesia agrária e a corja ditatorial nas universidades, sendo apresentados como "príncipes". São estes os responsáveis pela desvinculação da terra de função social, uma vez que de modo perverso, objetiva maximizar o potencial produtivo, massacrando as relações sociais do campo e a quem nele resiste. São estes que retiraram os meios de produção dxs trabalhadorxs rurais e agora apoiam a opressão que  assola estes trabalhadores expulsos, que agora se concentram nos morros, favelas, periferias das cidades.

A questão dos latifúndios, que se representam pela UDR, ultrapassa o viés econômico e deve ser encarada como o ponto de inicio do racismo uma vez que a concentração de terras possui intima relação com questão étnica e de segregação racial, já que os negros foram as primeiras vítimas das desapropriações com a Lei de Terras de 1850. 

A ditadura militar se caracteriza pelo período em que a discussão da Reforma Agrária foi calada pela voz do autoritarismo e a violência para com os movimentos sociais que buscavam o acesso a terra e para os demais movimentos que se colocavam contra esse regime ditatorial. Sem a necessidade do resgate histórico para a compreensão do papel do movimento estudantil na retomada da “democracia”, nos colocamos contra os que insistem em reverenciá-la e que dessa forma respaldam ainda mais esta “nova ditadura”, que se faz de forma ainda mais eficaz meio ao burocrático e enigmático sistema judiciário contemporâneo.

Por acreditar e defender uma universidade pública de irrestrito acesso aos trabalhadorxs nos colocamos em apoio ao ato realizado pelo movimento estudantil de Franca, já que Bertrand e Sepulveda representam as perspectivas mais brutais de repressão aos trabalhadores: a UDR que os mata no campo e a Ditadura Militar que os torturaram em outrora e agora os criminaliza.

É inadmissível que tal ato apoiado em um contexto histórico tão pertinente e que possibilita o protagonismo dxs trabalhadorxs frente sua demanda intelectual e ideológica na universidade, seja alvo de repressão por parte dos estudantes que compactuam com Bertrand e Sepulveda. Na verdade este posicionamento repressivo de direita, só nos mostra como a universidade deve avançar na questão de seu acesso e sua democracia, pois continua reproduzindo posicionamentos ditatoriais fascistas já conhecidos do movimento estudantil de outras épocas,  e que continua e deve continuar a ser combatido



3 comentários:

  1. Finalmente não tenho vergonha de falar que estudo Direito na UNESP Franca,

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Vida longa a d. Bertrand, e a todos da Imperial Casa de Bragança

    ResponderExcluir